Acusado de intermediar propina nega participação no caso Gtech

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Por Agencia Estado
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O advogado Rogério Tadeu Buratti terminou no início da tarde desta terça-feira seu depoimento na sede da Polícia Federal, em Ribeirão Preto (SP), no inquérito que apura denúncias de executivos da Gtech de que teria negociado propina de R$ 6 milhões para intermediar a renovação do contrato da companhia americana com a Caixa Econômica Federal (CEF). Ao deixar a polícia, Buratti negou qualquer participação no caso, mas admitiu que teria sido convidado por representantes da empresa para intermediar as negociações e que não aceitou. Na acusação, os executivos da Gtech denunciaram ainda que a ação de Buratti seria imposta pelo ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil Waldomiro Diniz, também investigado no caso. Buratti é ex-vice-presidente do Grupo Leão Leão e ex-secretário do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, durante o primeiro mandato dele como prefeito de Ribeirão Preto. Ele afirmou que vem sendo vítima de perseguição do Ministério Público Estadual, que lidera uma força-tarefa na apuração de irregularidades por parte de Buratti e da Leão Leão em licitações para a coleta de lixo em cidades do Estado de São Paulo. "Vou entrar com uma representação na corregedoria do Ministério Público Estadual", ameaçou Buratti, que afirmou ainda concordar com a iniciativa de promotores que pediram a quebra do seu sigilo bancário. Além de Buratti, sua mulher, Elza, prestou depoimento na Polícia Federal desde o início desta manhã.

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