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Acusado de chefiar fraude no AM promete depor nesta sexta

Por Agencia Estado
Atualização:

A superintendência da Polícia Federal recebeu a confirmação, no fim da tarde, que o deputado estadual Antônio Cordeiro (sem partido) estará comparecendo a sede da PF nesta sexta-feira para prestar esclarecimentos sobre o seu envolvimento com a quadrilha que durante os últimos dois anos fraudou o sistema de licitações do Estado em mais de R$ 500 milhões. A quadrilha foi desarticulada pela Operação Albatroz, na terça-feira, e 20 de seus integrantes estão presos na PF, entre eles o prefeito de Presidente Figueiredo, Romeiro Mendonça, e o ex-secretário de Fazenda do governo passado, Alfredo Paes, além da mulher do deputado Cordeiro. Antônio Cordeiro seria, segundo a Polícia Federal, o chefe da quadrilha. Para comprovar a acusação, foram apresentados cerca de R$ 2 milhões em dinheiro e títulos da dívida pública apreendidos em sua casa em um dos bairros mais nobres da cidade. Até a casa pode ser, de acordo com as investigações, usada como prova de enriquecimento ilícito, pois tem valor infinitamente superior ao patrimônio do deputado. Mas, como goza de imunidade parlamentar, Antônio Cordeiro não pôde ser preso pelos agentes da Polícia Federal. Isso somente acontecerá se a Assembléia Legislativa do Amazonas decidir cassar o mandado do deputado. O presidente da Mesa Diretora da ALE, deputado Lino Chixaro (PPS), não tomou qualquer providência. Ele alega não ter provas suficientes para comprovar o envolvimento do deputado na fraude. "Estamos pedindo a Polícia Federal que nos mande os documentos apreendidos. Sem isso, não podemos julgar o deputado de forma consistente", disse. Os demais parlamentares, no entanto, estão exercendo forte pressão para que Antônio Cordeiro renuncie ao seu mandato. Eles seriam poupados do constrangimento de ter que cassá-lo por falta de decoro parlamentar. O deputado, no entanto, sabe que se fizer isso será imediatamente preso pela Polícia Federal.

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