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Acordo da Argentina com o FMI pára novamente

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro de Economia da Argentina, Roberto Lavagna, enfrenta um duro embate com o Fundo Monetário Internacional, que duvida da capacidade do governo de Eduardo Duhalde para sustentar o acordo. "O questionamento do Fundo é assim: Se este governo não consegue nem mesmo definir, manter, negociar e brigar por um calendário eleitoral seguro, imagine como seria para cumprir os compromissos de um acordo com o FMI?", explicou uma fonte do Ministério de Economia. Apesar das várias exigências que o organismo vem fazendo desde que as negociações tiveram início, em janeiro deste ano, o motivo mais forte que impede a conclusão das mesmas é a "falta de condições políticas para o acordo", uma preocupação que ganhou corpo com a disputa interna do Partido Justicialista que derivou na divisão oficial do peronismo entre duhaldistas e menemistas, a qual coloca em risco a realização das eleições presidenciais marcadas pra março. Na segunda-feira passada, quando o peronismo ainda não estava fraturado, os rumores nos corredores do ministério e em Washington eram de que o acordo seria anunciado hoje. Porém, desde a última quarta-feira à tarde, quando a divisão do PJ estava sendo encaminhada, começaram as novas suspeitas de um novo endurecimento do FMI. Por outro lado, estão algumas exigências que o governo insiste em não atender que são o aumento de impostos, arrocho fiscal maior, não intervir no mercado de câmbio e aumento de tarifas públicas. O governo, no entanto, está apostando no apoio dos Estados Unidos para resolver logo a questão. Hoje, Lavagana se reunirá com o secretário do Tesouro, Paul O´Neill e, posteriormente, com a número dois do FMI, Anne Krueger.

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