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Acordo com PDVSA sairá, diz brasileiro

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Por Tania Monteiro e SALVADOR
Atualização:

O presidente Lula brincou, em entrevista coletiva na Bahia, sobre as dificuldades de acordo entre a Petrobrás e a estatal venezuelana PDVSA para a construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. A refinaria é alvo de auditorias do Tribunal de Contas da União e da CPI da Petrobrás, que pretende investigar eventual superfaturamento das obras. "São duas moças muito bonitas, muito fortes, que disputam milimetricamente cada questão", disse ele, lembrando que, no máximo em 90 dias, haverá acordo, não só para a construção da refinaria, mas também em relação à distribuição de petróleo na faixa do Rio Orinoco. Ontem, não se chegou a um consenso. Lula se disse "otimista" com a conclusão do negócio e afirmou que os problemas existem porque "há um duelo de titãs", referindo-se à Petrobrás e à PDVSA. Nesses três meses, as duas empresas de petróleo discutirão três pontos pendentes - custos de investimento, comercialização do produto e o preço do petróleo. O governo venezuelano deveria entrar com 40% dos recursos para a construção da refinaria, mas até agora só o governo brasileiro investiu na obra. Isto porque a Venezuela tem feito exigências, como o direito de comercialização do petróleo importado no Brasil. Mas as regras brasileiras determinam que só quem pode vender internamente é a Petrobrás. Um dos memorandos de entendimentos assinados ontem prevê que a Braskem amplie sua parceria com a estatal venezuelana Pequiven, para investimentos no Polo Petroquímico de Camaçari, na Bahia. A Braskem disse que ainda não há projetos definidos nem valores.

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