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ACM se retrata. FHC suspende ações contra ele

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Fernando Henrique Cardoso pediu o arquivamento das ações movidas pelo Ministério Público Federal na Bahia a seu pedido contra o ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) por supostos crimes contra a sua honra. A decisão foi tomada após Fernando Henrique receber uma retratação de ACM. Ao receber um ofício do ministro da Justiça, José Gregori, informando que ACM tinha se retratado, o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, pediu ao chefe da Procuradoria na Bahia, Robério Nunes dos Anjos Filho, que tomasse as providências cabíveis. As ações judiciais foram motivadas por declarações dadas por ACM a jornalistas. Na primeira delas, o ex-senador teria dito que o ?presidente da República deu ordens para Eduardo Jorge pedir dinheiro extraoficialmente a empresários em seu nome durante a campanha de 1998?. Na outra entrevista, ACM teria afirmado que ?o trombone vai percorrer o Brasil para não deixar esse Fernando Henrique roubar em paz?. Em duas cartas encaminhadas na semana passada ao presidente, ACM retratou-se. Sobre a primeira declaração, o ex-senador afirmou que a reprodução da entrevista não foi correta. ?O que afirmei é que, em um dos meus encontros com V.Exa., disse-lhe que algumas pessoas de minhas relações gostariam de fazer doações à campanha; e perguntei-lhe, em seguida, a quem essas pessoas deveriam procurar, ao que V.Exa. respondeu: ?um dos coordenadores do Comitê. Bresser Pereira ou Eduardo Jorge.?? Na outra carta, ACM disse que não se expressou corretamente quando disse que iria percorrer o País para não deixar o presidente roubar em paz. ?Em momento algum pretendi ofender a honra do presidente da República, mesmo porque sempre ressaltei a postura correta de V.Exa. no trato da coisa pública, embora mantenha as críticas dirigidas ao seu governo, inclusive no campo da moralidade administrativa?, afirmou. No ofício encaminhado ao ministro da Justiça, Fernando Henrique pediu que José Gregori desse ciência ao procurador-geral da República sobre a retratação e disse que considerou os seus termos ?satisfatórios?.

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