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ACM quer aprovar pacote de combate à criminalidade em 48 horas

Senador Demóstenes Torres apresentou sugestões à CCJ que incluem, entre outras medidas, a criação do regime disciplinar de segurança máxima

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), quer aprovar em 48 horas o pacote de medidas de combate à criminalidade. O senador Demóstenes Torres (PFL-GO) ficou encarregado de consolidar as propostas que serão votadas amanhã em caráter terminativo na CCJ e encaminhadas em seguida à Câmara. Demóstenes Torres apresentou hoje suas sugestões à CCJ que incluem, entre outras medidas, a criação do regime disciplinar de segurança máxima. O objetivo é aumentar para 720 dias o isolamento do criminoso, podendo esse período ser prorrogado por autorização administrativa, sem depender do Judiciário como é hoje. Atualmente o isolamento é de um ano. O senador propõe ainda a criação de um serviço de inteligência carcerária para fiscalizar a vida dos presos nas penitenciárias. Além disso, iniciativas como o uso de vídeo-conferência, a proibição de entrada de alimentos e aparelhos eletrônicos, uso de detector de metais nos presídios e a instalação de bloqueadores de celulares. O debate de medidas de combate à criminalidade na CCJ foi acompanhado por João Carlos Meirelles, coordenador do programa de governo do pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. O tucano já está em Brasília e, hoje à tarde,vai falar à imprensa sobre a crise da segurança pública em São Paulo. Meirelles entende que a responsabilidade deve ser dividida com o governo federal. "De quem é a responsabilidade do tráfico de drogas e armas?", perguntou. "Os Estados estão fazendo o que é possível", completou. Meirelles concorda com a avaliação de setores do PFL segundo a qual o governador Cláudio Lembo agiu corretamente ao recusar o envio de tropas do Exército e da força nacional a São Paulo pelo governo federal. Até o momento, os políticos do PSDB e do PFL estão cautelosos em analisar os efeitos eleitorais da onda de crimes e violência em São Paulo, bem como o impacto dos episódios na candidatura de Geraldo Alckmin. "Isso não é bom para ninguém", avaliou o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC). A líder do PT, senadora Ideli Salvatti (SC), voltou a condenar qualquer motivação eleitoral na adoção de medidas emergenciais pelo Congresso. Ela pediu calma e prudência na votação de propostas que possam ser repressivas e não resultem em resultados positivos na redução da criminalidade. "Não vamos resolver com calma, mas com rapidez", afirmou o senador ACM.

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