ACM Neto diz não querer guerra com Wagner e Dilma

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Por JOÃO DOMINGOS E TIAGO DÉCIMO
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O prefeito eleito de Salvador, ACM Neto (DEM), disse nesta segunda-feira (29) que vai se empenhar por um "diálogo cordial" e por parcerias com a presidente Dilma Rousseff e com o governador da Bahia, Jaques Wagner, que trabalharam pessoalmente pela vitória do petista Nelson Pelegrino, derrotado no 2.º turno da eleição. "A terceira maior cidade do Brasil tem a expectativa do diálogo cordial com a presidente e com o governador. Eu vou me empenhar por isso. A presidente disse que vai tratar todo mundo por igual."ACM Neto, que foi eleito no domingo (28) com 53,51% dos votos, ante 46,41% de Pelegrino, disse que a eleição acabou. "Não estou mais no palanque. Não quero guerra, disputa ou trincheira com Wagner e a presidente. Quero é parcerias. Espero ajuda do governador, da presidente e do deputado Nelson Pelegrino, que conhece muito bem Salvador e, tenho certeza, fará de tudo para ajudar a cidade a partir da Câmara dos Deputados."Ao reconhecer a derrota, ainda no domingo à noite, Pelegrino criticou os eleitores de Salvador por, segundo ele, "terem escolhido errado novamente", e afirmou que vai para a oposição."Tenho certeza de que um pacto pela cidade poderá ser feito sem maiores dificuldades. A partir de minha posse serei prefeito de toda Salvador. Tenho certeza de que a presidente Dilma Rousseff não vai discriminar a cidade porque o prefeito é de um partido de oposição", disse ele, durante entrevista coletiva em seu espaçoso apartamento, no bairro nobre de Ondina.ACM Neto afirmou que não vai dividir a prefeitura de Salvador em fatias para agradar aos partidos que o apoiaram. "Vou conversar com todos os que estiveram envolvidos na eleição. Nós vamos encontrar uma solução. Não cairei nesse erro. Vou dar preferência aos técnicos, embora não vá discriminar os políticos. Mas eles terão de ter competência. Se tiverem e forem filiados a um partido, ótimo. Se não tiverem, não entram na equipe."O futuro prefeito de Salvador previu que o primeiro ano de administração será difícil e que vai tomar medidas impopulares. "Vou cortar parte dos cargos comissionados para economizar cerca de 20% das despesas correntes. Isso vai incluir também contratos com terceirizados. Muita gente não vai gostar. Mas é a única forma que vamos ter para arrumar a casa." Ele disse que suas primeiras providências serão limpar as ruas, repor a iluminação nos postes e tapar buracos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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