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ACM Neto criará sindicância para investigar Moreira

Por Ana Paula Scinocca
Atualização:

O corregedor da Câmara, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), revelou hoje que vai convidar quatro deputados - todos integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) - para integrar uma comissão de sindicância, criada por ele, para investigar supostas irregularidades cometidas pelo deputado Edmar Moreira (sem partido-MG). Em fevereiro, Edmar, que ficou conhecido por ter um castelo avaliado em R$ 25 milhões, renunciou ao cargo de corregedor em meio às denúncias de uso irregular da verba indenizatória. ACM Neto justificou a criação da comissão de sindicância se respaldando no que chamou de "ineditismo" do caso. De acordo com o corregedor, é a primeira vez que o órgão vai analisar o caso específico de uso irregular de verba indenizatória. Moreira usou R$ 140 mil dos R$ 180 mil a que teria direito com gastos para sua segurança, apesar de ele próprio ser dono de uma empresa da área. "Não há nenhum precedente de mesma ordem. Qualquer decisão que se venha a tomar é melhor que se tenha um calço jurídico para que o parecer que o corregedor vai encaminhar à Mesa seja concreto e consistente", disse o corregedor. Os quatro deputados que deverão compor junto com ACM Neto a comissão de sindicância são José Eduardo Cardozo (PT-SP), Osmar Serraglio (PMDB-PR), Flávio Dino (PC do B-MA) e Régis de Oliveira (PSC-RJ). A primeira reunião está marcada para hoje, às 18 horas. No encontro, segundo ACM Neto, um dos quatro será escolhido relator do processo e haverá definição de prazo para encerramento da apuração. Na avaliação de ACM Neto, a comissão de sindicância dará mais "celeridade" ao caso. O corregedor afirmou que será "inevitável" a abertura das notas fiscais usadas por Moreira para comprovar os gastos com a verba indenizatória.

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