ACM entrega sua defesa; amanhã, será Arruda

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os advogados do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) entregaram nesta quarta-feira ao relator do processo que investiga a violação do painel eletrônico e a quebra de decoro no Conselho de Ética, Saturnino Braga (PSB-RJ), o chamado memorial (documento de defesa). No documento, eles afirmam que o parlamentar não cometeu ilícito algum pois não houve risco para a decisão tomada pelo Senado que levou à cassação do ex-senador Luiz Estevão Oliveira (PMDB-DF). Os advogados pedem o arquivamento do processo e não falam sequer em penalidades. Em apoio ao parlamentar baiano, representantes de 183 associações de moradores e entidades filantrópicas da Bahia visitaram nesta quarta-feira cada um dos (16) membros do Conselho de Ética e pediram que não punam ACM. ?Ele está sendo vítima de um preconceito enorme que há contra os nordestinos?, afirmou Luiz Costa, da ONG SOS Brasil. ?Voltaremos a Brasília quantas vezes forem necessárias para defender o nosso senador?, acrescentou Maria Catarina de Souza, representante da associação de moradores da região da Via Regional de Salvador. Apesar das informações de que atabaques e tambores são tocados nos terreiros de candomblé da Bahia durante as rezas que pedem que ACM não seja cassado, os representantes baianos passaram pelo Congresso desapercebidos. Eles vestiam roupas comuns e não usavam detalhes da cultura afro-brasileira. Esperaram como quaisquer outros cidadãos para serem atendidos pelos senadores, inclusive pelo próprio Antonio Carlos Magalhães. ?Ele está sendo vítima de toda uma conjuntura que quer calar a voz do povo da Bahia por meio do senador?, disse Tapuacy Dantas, que representa a Comunidade de São Caetano, na sala-de-espera de ACM. Nesta quinta-feira será a vez de Arruda encaminhar seu memorial ao relator e aos demais senadores do conselho. A idéia é anexar ao documento cópias de reportagens mostrando que há exagero em torno do caso, opiniões de articulistas políticos e juristas falando sobre a pouca importância da mentira. O documento está sendo elaborado pessoalmente pelo senador e por seus dois advogados de defesa. Nesta quarta-feira ele conversou com os senadores, reafirmou sua inocência, mas não fez pronunciamentos nem discursos no plenário. A tática dele, agora, é falar o menos possível sobre o assunto.

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