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ACM divulga nota rebatendo respostas do governo

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Por Agencia Estado
Atualização:

O senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) divulgou no início da tarde uma nota para rebater a resposta do governo federal às suas acusações de corrupção em órgãos da administração federal. O senador voltou a lembrar das suas denúncias contra o DNER e Sudam, negou que tenha pressionado o Banco do Brasil para negociar empréstimos em favor da prefeitura de São Paulo, em 1997, e acusou o governo federal de impedir a criação de CPI dos Bancos. O senador lamentou que o secretário-geral da Presidência da República, Aloysio Nunes Ferreira, que foi quem respondeu pelo governo a ACM, que soube agir com coragem em momentos tumultuados de sua militância política e passa agora a ser um locutor, e o pior, de inverdades". O senador afirma que todos os itens apontados na nota do governo estão incorretos. Sobre as denúncias em relação à Sudam, ACM sustenta que "mesmo após tanto tempo de investigações oficiais, ainda não se chegou a uma conclusão, pois ninguém sequer foi indiciado ou punido criminalmente ou, ainda, obrigado a ressarcir ao poder público os recursos desonestamente adquiridos". "São bilhões. Provavelmente quando vier a tona o relatório das apurações, (o valor) será bem reduzido e não apontará que sócios participavam das empresas e quem teria dado ordem ao superintendente para aprovar e pagar os recursos de modo irregular". Enquanto o senador divulgava a nota rebatendo as explicações do governo, o presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), apontado por ACM como um dos envolvidos nas irregularidades da Sudam, estava reunido com os líderes do PMDB na Câmara, Geddel Vieira Lima (BA), e no Senado, Renan Calheiros (AL). Na saída do encontro, Barbalho garantiu que a nota de ACM não foi discutida com os líderes do seu partido. O senador diz ainda em sua nota que o DNER agiu tardiamente para evitar o pagamento de uma indenização que seria R$ 376 milhões superior ao devido ao Sindicato dos Empreiteiros. Ele disse que o pagamento só não foi feito porque foi denunciado pela imprensa. Ele diz ainda que a decisão do governo de intervir no DNER mostra que o órgão e o ministério dos Transportes "estavam maculados por transigências existentes". Antônio Carlos Magalhães também afirma em sua nota que o governo federal sempre foi contra a CPI dos bancos. Magalhães diz ainda que "sua seriedade" desqualificou o dossiê Cayman, e reafirmou ter dito ao próprio presidente da República que não acreditava no documento. Mas ressalva na nota que o nome de Ricardo Sérgio (ex-diretor do Banco do Brasil) "foi lembrado para demissão". Sobre a acusação de do secretário-geral da Presidência, de que teria agido em favor da prefeitura de São Paulo, ACM garantiu que "jamais" intercedeu em favor da prefeitura, "como mentirosamente é afirmado na nota publicada (pelo governo)". ACM lembra na nota que quem pleiteava o dinheiro era "o senhor Paulo Maluf, que, além de ter obtido o empréstimo, ganhou jantar e cafés da manhã" com o presidente Fernando Henrique Cardoso.

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