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Acionistas reclamam perdas de pelo menos US$ 500 milhões

Cálculo descrito em ação judicial firmada por nove investidores foi entregue a Corte americana contra queda no valor de ADRs

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Por Altamiro Silva Junior (Broadcast) e correspondente
Atualização:
Ação judicial coletiva mostra que os nove maiores acionistas da Petrobrás reclamam perdas que podem atingir, pelo menos, US$ 500 milhões. Foto: André Dusek/Estadão

Nova York - A lista de detentores de American Depositary Receipts (ADRs) da Petrobrás, nos EUA, que aderiram à ação judicial coletiva entregue na última sexta-feira à Corte de Nova York contra a estatal petrolífera, mostra que os nove maiores acionistas reclamam perdas que podem atingir, pelo menos, US$ 500 milhões.

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A petição entregue pelo escritório americano Wolf Popper, em conjunto com o brasileiro Almeida Advogados, foi assinada pela Union Asset Management Holding AG, Handelsbanken Fonder AB, Ohio Public Employees Retirement, Public Employee Retirement System of Idaho, Employees Retirement System of the State of Hawai, Universities Superannuation Scheme Limited, Skagen AS, Danske Invest Management A/S, Danske Invest Management Company.

Eles afirmam que tiveram perdas superiores a U$ 50 milhões, cada. A ação judicial coletiva, ou Class Action, teve início no ano passado. A primeira audiência será no dia 9 de março, em Nova York. 

“O esquema de lavagem de dinheiro e suborno foi estimado em R$ 10 bilhões ou cerca de US$ 4,4 bilhões. Além de altos executivos da Petrobrás, o esquema ilegal de suborno e de propina envolveu políticos e um grupo de, pelo menos, 16 empreiteiras que formaram um cartel que assegurou que os seus membros iriam ganhar grandes contratos da Petrobrás”, diz a petição. 

O documento destaca que a prisão de executivos da estatal, por suspeita de corrupção, e admissões de que a empresa pode ter de ajustar suas demonstrações financeiras provocaram a queda nas ADRs da Petrobrás. 

Entre os investidores com maiores prejuízos, o Universities Superannuation Scheme (USS), fundo de pensão de professores e pesquisadores do Reino Unido, argumenta que teve prejuízos de US$ 84 milhões aplicando em bônus e ADRs.

Já a gestora Skagen, da Noruega, e o Danske Bank, da Dinamarca, reclamam até US$ 267 milhões. Outros dois fundos da Europa criaram um grupo, com perdas de US$ 46,2 milhões. Além dos europeus, um grupo de fundos de pensão de servidores dos Estados de Ohio, Idaho e do Havaí reclama até US$ 127 milhões.

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