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Acidente faz ações da Petrobras fecharem em queda

Por Agencia Estado
Atualização:

A paralisação da plataforma de produção de petróleo P-34 significa para a Petrobrás uma perda de, no mínimo, US$ 816 mil por dia. Esse valor representa a queda de receita com a venda do petróleo produzido nos campos de Barracuda e Caratinga, onde está a unidade, na Bacia de Campos. Se naufragar, a P-34 significará ao mercado segurador um prejuízo de US$ 140 milhões, valor da apólice, liderada pelo Bradesco Seguros. As ações da Petrobras também sentiram o acidente, e caíram 7,09% na Bolsa de Valores de São Paulo. A interrupção nas operações da P-34, porém, não deve provocar redução da meta de produção da empresa para 2002. Devido ao bom desempenho de alguns campos produtores, a empresa já ultrapassou a meta estabelecida para o ano, de 1,49 milhão de barris por dia, atingindo, em setembro, a média de 1,53 milhão de barris por dia. Além disso, duas novas plataformas começam a operar no mês que vem, nos campos de Roncador e Jubarte, também em Campos. O acidente com a plataforma P-34 poderá trazer conseqüências negativas também para os números da produção industrial do País, já que a indústria extrativa mineral, puxada pelo petróleo, vem evitando quedas no indicador divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ontem, técnicos do instituto não quiseram avaliar os possíveis impactos do acidente da P-34, que produz 34 mil barris/dia, na produção. Em agosto, a indústria extrativa mineral apresentou aumento de 14,6% na produção ante igual mês do ano passado, sob a pressão positiva do petróleo. A indústria de transformação no mesmo período apresentou queda de 0,7% e a extrativa foi considerada então a principal responsável pela expansão de 0,9% na indústria como um todo no mês. Em março do ano passado, o acidente com a P-36 - com capacidade de produção bem maior, de 180 mil barris/dia - desacelerou bruscamente o crescimento da indústria extrativa mineral, que vinha em ritmo intenso. O aumento da produção do setor decresceu de 12,7% em fevereiro de 2001 para 5,8% em março, em conseqüência do acidente. Veja o especial sobre a P-34

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