PUBLICIDADE

Acerto de contas com MG será resolvido em breve, diz Aécio

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Câmara e governador eleito de Minas Gerais, deputado Aécio Neves (PSDB), disse hoje que ?boa parte? do repasse de recursos federais para o Estado, do chamado encontro de contas, será solucionado nos próximos dias. O acerto estava previsto para hoje, no almoço que o presidente Fernando Henrique Cardoso teria com o deputado e o governador de Minas, Itamar Franco, mas a comissão do governo que estuda o valor reivindicado pelos mineiros não concluiu seu trabalho. O almoço, que estava confirmado na agenda oficial do presidente da República, foi cancelado poucas horas antes. "Não houve possibilidade de ser hoje porque o ministro dos Transportes, João Henrique de Almeida, chega hoje à noite ao Brasil de uma viagem internacional, mas as coisas estão avançando", explicou Aécio. Ele e Itamar acabaram almoçando juntos na residência oficial da Câmara e conversaram sobre a liberação do crédito previsto pela União e a transição do governo mineiro, informou o deputado. Com o almoço que não correu, Fernando Henrique retribuiria a recepção que teve há duas semana em Belo Horizonte, quando ele e Itamar "fizeram as pazes" após anos de rompimento. Foi aí que combinaram o acerto de contas entre a União e Minas Gerais: assim é chamada a devolução do dinheiro aplicado pelo governo estadual na recuperação de obras federais, como as rodovias. Cerca de R$ 500 milhões dessa verba deverá ser utilizada por Itamar para o pagamento do 13º salário dos servidores públicos. Ao todo, o governo mineiro cobra R$ 1,6 bilhão do Ministério dos Transportes, mas o valor ainda está sendo calculado pelo grupo de trabalho constituído pelo presidente para examinar a questão. O grupo tem até o próximo dia 30 para dar parecer sobre os contratos entre o extinto Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) e o Departamento de Estradas de Rodagem de Minas (DER). Uma das dificuldades a ser vencida é o fato de o decreto de extinção do DNER ter imposto amarras burocráticas para o reconhecimento de pagamentos atrasados. Auxiliares de Itamar esperam pela edição de uma medida provisória para resolver a situação.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.