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Acareação reunirá ACM, Arruda e Regina

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Conselho de Ética promove, nesta quinta-feira, às 14h30, a acareação entre os senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (sem mandato-DF) e a ex-diretora do Prodasen Regina Borges, o momento mais esperado desta fase de investigação da violação do painel de votações na sessão que cassou o ex-senador Luiz Estevão. Será uma acareação a três, sem hora para terminar, em sessão aberta, na qual todos os senadores poderão fazer perguntas. Desde esta quarta-feira cedo o presidente do Conselho de Ética, senador Ramez Tebet (PMDB-MS), participou de diversas reuniões para definir como será o rito da sessão. Na última segunda-feira, ele pediu ao secretário-geral da Mesa, Raimundo Carreiro, que perguntasse a todos os senadores quais seriam suas dúvidas para que elas fossem dissipadas. ?Não permitiremos que outros temas sejam tratados?, avisou Tebet ao esclarecer que, quando abrir a sessão, pontualmente às 14h30, pedirá a todos que sejam objetivos e se restrinjam às principais dúvidas, que parecem se limitar a três questões básicas: houve ou não ordem para violar o painel, de quem foi a ordem e o que disse ACM a Regina no telefonema depois que recebeu a lista. Para definir o rito, o senador Ramez Tebet se baseou principalmente no Código de Processo Penal. Embora o senador Romeu Tuma (PFL-SP), corregedor do Senado, tenha proposto que a acareação se fizesse de dois em dois, Tebet não concordou porque a preferência dos senadores era para que tudo ocorresse ao mesmo tempo. ?Se não, essa sessão não acabará nunca?, declarou ele, avisando que ?não foi armado nenhum circo?. ?Todos terão direito de falar, inclusive a ex-diretora do Prodasen.? Depois que Tebet fizer a abertura da sessão, será a vez do relator, senador Roberto Saturnino (PSB-RJ) fazer as perguntas. A mesma indagação será repetida a cada um dos três. Haverá réplica, tréplica e explicação dos depoentes quantas vezes os senadores acharem necessário. Não há previsão de quanto tempo irá durar a sessão. ?Será o necessário?, afirmou ele depois de contar que os três depoentes ficarão sentados à mesa da presidência do conselho ao seu lado, do relator e do corregedor. ACM e Arruda não poderão perguntar entre si e nem poderão se dirigir à Regina Borges. Serão intermediados pelo presidente ou pelo relator do conselho. Também não será permitido que ACM, Arruda ou Regina façam explanações antes do início da reunião. Eles poderão apenas responder às perguntas. Todos os senadores poderão fazer perguntas, embora Tebet prefira que elas sejam concentradas nos pontos fundamentais. Nesta quarta-feira à noite ele ia começar a recolher as principais sugestões dos parlamentares para ver quais eram as principais dúvidas. Os advogados dos três poderão estar na sala para orientar seus clientes, mas não podem falar na sessão. ?Acareação é olho no olho e não há como fazer isso lado a lado?, ponderou Romeu Tuma, voto vencido na tentativa de fazer uma acareação de dois em dois. Tuma também foi voto vencido na tentativa de que seja anexado ao relatório de Saturnino Braga uma avaliação sobre o comportamento dos depoentes ? se ficaram constrangidos, se gaguejaram ou como reagiram a cada pergunta. ?Isso, cada senador tem de assistir à sessão para saber?, ponderou o relator, Roberto Saturnino, que pretende ser objetivo em seu parecer. Ele já antecipou, no entanto, que vai fazer referência no texto à advertência recebida anteriormente por ACM, durante discussão com o presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA).

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