20 de maio de 2013 | 12h17
Ayres Britto não citou de forma nominal o mensalão - julgado como a ação penal 470 - e disse que não gostaria de entrar no mérito da causa, mas usou a decisão do STF para ilustrar o amadurecimento institucional brasileiro. Ele afirmou que além do contraditório entre acusação e defesa, houve também durante o julgamento o contraditório entre o ministro Joaquim Barbosa, relator do processo, e o ministro Ricardo Lewandowski, revisor. "E os dois tiveram todo o clima de liberdade para expor suas ideias, foi um momento institucional de grandeza", afirmou.
De acordo com ele, a democracia tem a virtude de "digerir as suas crises". "Agora é que estamos compreendendo que uma consciência de institucionalidade está tomando conta do País", disse.
Durante sua palestra para integrantes do conselho da associação, Ayres Britto afirmou que o combate à corrupção, pelos princípios trazidos pela Constituição, é feito com rigor. "Quando a corrupção é sistêmica, enquadrilhada, ela é uma declaração de guerra ao Estado de Direito e aos direitos sociais", afirmou.
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