Ação contra índios pode ter sido feita por paraguaios

PUBLICIDADE

Por JOÃO NAVES DE OLIVEIRA
Atualização:

Narcotraficantes paraguaios entraram esta semana na lista dos suspeitos pelo atentado ocorrido no último dia 18 contra um grupo de indígenas acampado entre os municípios de Amambaí e Aral Moreira, em Mato Grosso do Sul. Na ocasião homens não identificados invadiram o local e depois de vários tiros sobre os acampados, com balas de borracha, fugiram com o guia espiritual da tribo, Nisio Gomes, 59 anos, na carroceria de uma caminhonete.No mesmo dia do ataque, uma aldeia de índios paraguaios situada no município de Bela Vista do Norte, no país vizinho, também foi atacada. Desta vez com balas de chumbo e os agressores mataram o cacique, conhecido por Micio. Segundo informações da polícia paraguaia, no começo deste mês uma aeronave monomotor caiu naquela região, separada do Brasil pelo rio Apa e os índios saquearam o avião, com US$ 1,8 milhão a bordo, dinheiro para compra de cocaína na Bolívia.Em Amambaí, alguns índios foram vistos com notas altas de dólares e reais dois antes do tiroteio no acampamento indígena do lado brasileiro. Outra suspeita dos policiais que investigam o caso é a de que Gomes pode estar vivo. A principal observação é a de que "se o tiro detonado na cabeça do cacique foi de calibre 12, o estrago seria muito grande na cabeça e haveria muito mais vestígios, além da mancha de sangue encontrada no local", observa um dos policiais. Existe inclusive um boné com um furo exibido pelas testemunhas, porém "sem qualquer mancha de sangue".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.