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Acaba greve da polícia civil de PE

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os policiais civis de Pernambuco decidiram encerrar a greve da categoria, após 73 dias de paralisação. Eles aceitaram a proposta do Governo do Estado de 13% de aumento - 10% em setembro e 3% em dezembro - e a promessa de revisão salarial em março do próximo ano, além de devolução dos dias parados que haviam sido descontados no prazo de 72 horas. O governo também não vai cobrar do sindicato a multa diária de R$ 20 mil, determinada pela justiça, e desbloqueou a conta da entidade - que estava sem receber a contribuição sindical como forma de pagamento de parte desta multa. Os policiais reivindicavam 28% de aumento - o mesmo índice concedido este ano aos bombeiros e policiais militares - e reajuste do salário-base para R$ 180,00. De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sinpol), durante o período de greve deixaram de ser realizados 2.560 exames traumatológicos e 415 sexológicos no Instituto de Medicina Legal (IML); cerca de 125 mil carteiras de identidade (primeira e segunda vias) deixaram de ser confeccionadas; 730 perícias de ocorrência não foram feitas pelo Instituto de Criminalística (IC); cerca de 78 mil queixas comuns deixaram de ser registradas nas delegacias e 1.250 inquéritos não foram encaminhados à justiça. Nos 73 dias, 583 homicídios foram registrados em Pernambuco, segundo o Sinpol. O Estado tem cerca de 5 mil policiais. Na avaliação do sindicato, 80% dos profissionais aderiram à greve no interior e 100% na região metropolitana. Durante a paralisação foram mantidas quatro delegacias em funcionamento e o IML recebeu e liberou cadáveres, deixando de emitir laudos.

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