Absolvição na Câmara não livra Paulinho de ação no STF

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Por MARIÂNGELA GALLUCCI
Atualização:

Absolvido no Congresso, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) permanece na mira do Judiciário. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e o ministro Carlos Ayres Britto afirmaram hoje que a absolvição ontem do deputado pelo Conselho de Ética da Câmara não interfere no inquérito que tramita no STF para investigar suspeitas de envolvimento do parlamentar com um esquema de desvio de verbas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com a absolvição, Paulinho se livrou do risco de ser cassado. "Em princípio, não muda nada (o inquérito)", disse Britto, que é o relator do inquérito no STF que investiga o caso BNDES. "São esferas diferentes. A penal, aqui, e a político-administrativa, na Câmara dos Deputados", afirmou. O ministro disse que não poderia dar detalhes sobre o inquérito porque algumas peças tramitam em segredo de Justiça. "São instâncias independentes (o STF e o Conselho de Ética da Câmara)", concordou o presidente do Supremo. Além da apuração sobre as suspeitas de envolvimento do deputado com os desvios de recursos do BNDES, Paulinho também é investigado num inquérito que avaliará suspeitas de irregularidades em cursos de formação profissional patrocinados pela Força Sindical, entidade presidida pelo parlamentar. Há suspeitas da existência de alunos fantasmas, entre outras irregularidades. A abertura do inquérito foi determinada no último dia 28 pelo decano do STF, Celso de Mello.

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