11 de fevereiro de 2022 | 15h20
Antes de tudo, vamos deixar claro o que foi o regime nazista: ele expropriou famílias, sequestrou pessoas, prendeu-as e as executou de maneira industrial e massiva, apenas porque elas não se encaixavam na falsa ideia de uma raça superior. Essa ideologia, fundamentada em mentiras, foi responsável pelo holocausto - o assassinato de seis milhões de judeus - e pela guerra mais mortal da história do mundo – estima-se que cerca de 40 milhões de civis e 20 milhões de soldados perderam a vida nos seis anos de conflito, entre 1939 e 1945.
Qualquer pessoa que defenda o nazismo, em qualquer lugar ou a qualquer tempo, está explícita e diretamente estimulando homicidas e homicídios. Os judeus formam o primeiro e maior contingente de pessoas executadas, mas qualquer um que pensasse, se comportasse ou
Ministério Público de São Paulo abre investigação criminal contra Monark por apologia ao nazismo
fosse fisicamente diferente também seria expropriado, preso e assassinado.
Quem argumenta a favor do nazismo, sob qualquer pretexto, defende que pessoas com deficiência física ou intelectual devam ser executadas pelo Estado – 17,3 milhões de brasileiros, segundo o IBGE. Defende que a população LGBTQIA+ deva ser estigmatizada, perseguida, presa e morta pelas forças de segurança – algo entre 3% e 10% da população total, segundo as pesquisas nacionais e internacionais. Defende que pretos e pardos devem ser assassinados: 51% dos brasileiros, de acordo com o último Censo. Imigrantes devem ser expulsos ou mortos – 1,3 milhão de pessoas, conforme dados divulgados pelo Ministério da Justiça, com base no mais recente estudo do Observatório das Migrações Internacionais.
O nazismo foi banido do mundo porque é a política de morte de um Estado assassino, derrotado em uma guerra na qual diferentes se aliaram para combater o mal maior. Políticas de morte são incompatíveis com a ética e com as leis e Estados assassinos massacram seu próprio povo. O bom funcionamento do Estado e dos governos é justamente o oposto do nazismo.
Nosso trabalho diário no governo João Doria à frente do Estado de São Paulo tem por objetivo a busca constante do bem comum, da criação de oportunidades para todos e da correção de injustiças e de desequilíbrios. Nossos propósitos estão expressos na campanha de vacinação
que se tornou referência mundial, nos programas sociais que acolhem mais de 4 milhões de pessoas em extrema pobreza, nas políticas de desenvolvimento sustentável e de preservação do meio ambiente e na geração recorde de empregos e de novos investimentos.
Não é exagero dizer que a cada instante, a cada decisão e a cada hora de trabalho estamos em aberta oposição ao que representam nazistas e nazismo. Combateremos os que fazem saudações nazistas e sinais supremacistas. Queremos punição para quem deseja a legalidade ou legalização de qualquer política ou, pior ainda, de um partido nazista. São muitos os que nos últimos três anos defenderam um Estado assassino e suas políticas de morte. Que a lei os alcance, quer atuem no governo federal, em meios de comunicação ou nas redes sociais.
Democracia é o regime do diálogo, do contraditório e da tolerância, mas ela precisa ser implacável e intolerante com todos os que desejam suprimi-la, para depois assassinar o povo brasileiro.
* Secretária Estadual de Desenvolvimento Social
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.