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7 jurados no julgamento de assassinos de Galdino

Por Agencia Estado
Atualização:

Os sete jurados que vão decidir o destino dos quatro jovens acusados de matar o índio Galdino Jesus dos Santos serão escolhidos nesta terça-feira, por sorteio, entre 21 pessoas, no início do julgamento. Apenas um entre os que podem ser sorteados é advogado: Rafael de Sá Oliveira. Quatro dos candidatos a jurados são bancários, e outros quatro, funcionários públicos. No grupo há ainda um médico, dois economistas, um comerciante, uma eletricitária, duas professoras, dois engenheiros, um auditor, uma aposentada e uma administradora. A maioria é de homens. Há apenas nove mulheres no grupo. Os 21 candidatos ofereceram-se espontaneamente para atuar como jurados. A Justiça do Distrito Federal pediu a empresas públicas e privadas que informassem seus funcionários sobre o recrutamento de jurados. Atualmente, a Justiça dispõe de 500 voluntários. Mensalmente, o tribunal sorteia 21 candidatos para participar dos júris mensais. Todos têm mais de 21 anos e menos de 60. Durante os três dias previstos para o julgamento do caso do pataxó, os jurados ficarão incomunicáveis. Eles serão hospedados na Academia de Polícia Militar do Distrito Federal. Terão pausa para almoço e serão dispensados por volta das 20 horas. A presidente do Tribunal do Júri de Brasília, Sandra de Santis, é considerada experiente e, em breve, deve ser indicada para uma vaga de desembargadora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Além do caso do índio, ela presidiu dois júris famosos, o do assassinato do jornalista Mário Eugênio, morto por um policial, e de Marco Antônio Velasco, espancado até a morte por integrantes de gangues. Para o julgamento do Galdino, Sandra preparou um cronograma minucioso e tentará dar a sentença ao fim do terceiro dia. Em agosto de 1997, a juíza aceitou a tese dos advogados de defesa e desclassificou o crime de homicídio triplamente qualificado para lesão corporal seguida de morte. Mãe de quatro filhos, Sandra é mulher do presidente do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello.

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