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50 mil saem às ruas contra dengue no Rio

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Por Agencia Estado
Atualização:

Cerca de 50 mil pessoas, segundo cálculos da Secretaria de Saúde do Estado do Rio, deverão participar hoje da grande mobilização para combater focos do mosquito da dengue. Com o Dia D (como está sendo chamada a megaoperação contra o Aedes aegypti), o Ministério da Saúde pretende interromper a epidemia que, no Estado, já fez mais de 70 mil vítimas e matou 27 pessoas. "Nós achamos que, depois do Dia D, a epidemia não dura mais do que 30 dias", afirmou ontem Mauro Costa, presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão do ministério responsável pelo controle de doenças tropicais. O próprio ministro da Saúde, Barjas Negri, será o responsável por liderar a operação de hoje. Ontem, em pronunciamento na TV, ele pediu que a população do Rio participe do Dia D e faça sua parte na luta contra o Aedes. O ministério insiste que, sem a ajuda da população, será impossível acabar com a doença, já que 90% dos focos estão dentro dos domicílios. Somando esforços As 50 mil pessoas que vão participar do combate à dengue são homens cedidos por diferentes órgãos públicos e organizações civis - militares do Exército e da Marinha, bombeiros, agentes de saúde municipais e estaduais, defesa civil, voluntários de associações de moradores, Viva Rio, Igreja Católica, escolas de samba e universidades. "É importante que o trabalho para acabar com o mosquito seja permanente, mas tenho certeza que o Dia D vai ajudar na queda da doença", afirmou o secretário estadual de Saúde, Gilson Cantarino. O secretário observou que ainda é cedo para prever uma queda na epidemia. "O calor e as chuvas de março são dois fatores que ajudam na reprodução do Aedes aegypti. Por isso, não podemos achar que já ganhamos a guerra", declarou. Ontem, Cantarino e o secretário de Administração, Hugo Leal, fizeram uma vistoria do prédio da Secretaria de Administração. No telhado do prédio, foi encontrada uma caixa d´ água com buraco na tampa - exemplo que tem sido dado pelos técnicos da Secretaria de Saúde como um dos locais preferidos pelo mosquito para colocar seus ovos. "Vamos resolver isso logo", disse o secretário de Administração. O trabalho contra a dengue no Rio não acaba hoje. Na segunda-feira, os 1.300 militares e mais os 1.044 agentes da Funasa (deslocados de outras regiões para o Rio desde fevereiro) continuam visitando casas e prédios. A previsão do ministério é que esses 2.344 homens mantenham suas atividades no Estado por pelo menos mais 30 dias e, nesse período, visitem 1 milhão de residências.

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