
26 de outubro de 2014 | 19h11
Atualizado às 23h50
MACAPÁ – Preso em 2010 pela Polícia Federal, acusado de comandar um esquema que desviou mais de R$ 1 bilhão de verbas públicas, o ex-governador Waldez Góes (PDT) foi eleito no Amapá. Ao fim da apuração, teve 60,58% dos votos contra 39,42% de Camilo Capiberibe (PSB).
Confira como a apuração no AP
Afilhado político do senador José Sarney (PMDB-AP), Góes desde o início da campanha se manteve em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de votos. Ele se elegeu governador pela terceira vez. A primeira foi em 2002. Em 2006, com apoio de Sarney, reelegeu-se no primeiro turno. Em abril de 2010 renunciou ao mandato de governador para disputar o Senado. Foi preso em plena campanha e passou dez dias no presídio da Papuda, em Brasília.
Góes é investigado em vários processos. Para o senador José Sarney, a eleição de Góes é a recuperação da possibilidade de retomar o crescimento do Amapá.
Além do apoio de Sarney, Góes teve o apoio de duas emissoras de televisão e 16 de rádio pertencentes à família do ex-senador Gilvan Borges (PMDB), do grupo de Sarney, por várias vezes retiradas do ar pela Justiça Eleitoral por favorecer Góes e fazer propaganda negativa de Capiberibe.
Capiberibe, desde que foi instituída a reeleição, é o primeiro governador do Amapá que não consegue se reeleger.
A vitória de Góes foi comemorada na orla da cidade, à margem do rio Amazonas.
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