Vannuchi é eleito para Comissão de Direitos Humanos da OEA

Ex-ministro do governo Lula e atual diretor do instituto do ex-presidente foi escolhido na noite de ontem, na Guatemala

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Por Brasília
Atualização:

O ex-ministro dos Direitos Humanos Paulo Vannuchi foi eleito ontem à noite em Antigua, na Guatemala, um dos três novos membros da Comissão Interamericana de Direitos Humanos - instituição ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA). Vannuchi, 63 anos, que fez parte do governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e hoje é diretor do Instituto Lula, foi escolhido em um segundo turno contra o candidato colombiano, Escobar Gil. Na primeira rodada de votações, realizada pela CIDH em San José da Costa Rica, onde a OEA promove sua 43ª Assembleia Geral, foram indicados o americano James Cavallaro, com 22 votos, e o mexicano José de Jesus Orozco - reeleito -, com 20. Orozco é o atual presidente da Comissão.Contente com o resultado, no final da noite de ontem, a ministra Maria do Rosário, de Direitos Humanos, afirmou que o representante brasileiro "vai contribuir muito com o sistema interamericano" e que sua eleição "reforçará a defesa dos segmentos mais vulneráveis no continente". No início da noite, o Itamaraty já considerava praticamente certo que Vannuchi seria eleito, mas já previa votação apertada. O brasileiro fez uma campanha curta, que só começou no início de maio, depois que o governo brasileiro garantiu a eleição de Roberto Azevêdo para a direção-geral da Organização Mundial do Comércio. A decisão de apresentar a candidatura do ex-ministro foi uma forma de o governo brasileiro mostrar a disposição de retomar as boas relações com Organização dos Estados Americanos, abalada desde a medida cautelar da CIDH contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. Na época, o País retirou a candidatura de Vanucchi em outra eleição da Comissão. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos é formada por sete membros, mas apenas três vagas foram renovadas. Cada integrante cumpre mandato de quatro anos. Eles são eleitos em nome próprio - ou seja, são autônomos e não representantes de seus países.

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