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Tucanos dizem não temer 'mordida' de Lula

Equipe de Serra ironiza fala de ex-presidente; deputado afirma que em SP ex-presidente não é 'pit bull' e sim 'uma Lassie'

Por Bruno Boghossian
Atualização:

Depois que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que pretende "morder a canela dos adversários" para eleger Fernando Haddad (PT) para a Prefeitura de São Paulo, a equipe de José Serra (PSDB) reagiu ao discurso - que chamou de "violento" - e declarou que não se intimida por sua participação na campanha."Em São Paulo, o Lula não é um pit bull. Ele não passa de uma Lassie", afirmou o deputado estadual Orlando Morando (PSDB), em referência à cadela personagem do cinema e da TV. "Os candidatos de Lula não conseguem ganhar aqui. Marta (Suplicy) perdeu, (Aloizio) Mercadante perdeu e agora é a vez do Haddad."Anteontem, Lula chamou a candidatura de Serra de "equívoco" e disse que entrará na campanha em julho. "Se necessário, vou morder a canela dos adversários para que Fernando Haddad seja prefeito", disse.Aliados de Serra afirmam que a declaração de Lula "incita à violência". "Vamos enfrentá-los com propostas e com respeito, e vamos ganhar a eleição", disse o vereador Floriano Pesaro.Vice. A pressão para que Serra escolha um nome do PSDB para a vaga de vice chegou ao secretariado do governador Geraldo Alckmin. Integrantes do governo e aliados defendem a "chapa puro-sangue", em oposição à indicação de Alexandre Schneider (PSD), defendido pelo prefeito Gilberto Kassab. Alckmin ainda não interferiu no movimento.A cúpula do PSDB também aprovou ontem o envio de um pedido formal a Serra para que o vice seja do partido. Os nomes favoritos para a vaga são Andrea Matarazzo e Edson Aparecido.A balança pode pesar a favor de Schneider hoje, se o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar uma ação que analisa a possibilidade de conceder um espaço maior na propaganda eleitoral de TV ao PSD. Caso o partido seja favorecido, aliados de Kassab afirmam que o prefeito deve ter direito a escolher o vice.O DEM pleiteia a vaga, com Rodrigo Garcia, mas poderia, em último caso, apoiar um nome do PSDB, com o aval de Alckmin.

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