Tucano sugere que Kassab ajuda Patrus por ministério

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Por Christiane Samarco e BRASÍLIA
Atualização:

O presidente do PSDB de Minas, deputado Marcus Pestana, acusa o prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, de ter reunido a Executiva do partido em Brasília anteontem só para produzir "um factoide e agradar à presidente Dilma Rousseff". Na ocasião, a Executiva do PSD referendou, por 14 votos a 1, a intervenção de Kassab no diretório de Belo Horizonte a fim de que o partido apoiasse a candidatura de Patrus Ananias (PT), e não a candidatura de Marcio Lacerda (PSB), aliado do senador Aécio Neves (PSDB). "Estranho a insistência no erro e a vassalagem excessiva ao governo Dilma. Será porque ele quer ser ministro?", disse Pestana, lembrando o fato de que a Justiça Eleitoral já deu ganho de causa ao PSD regional. "Nós não tínhamos interesse nenhum em prejudicar o PSD, que está junto conosco em Minas Gerais e enxergamos como futuros aliados", afirmou.O dirigente regional do PSDB disse ainda que "seria cômico, não fosse trágico", Kassab focar sua ação contra Aécio no mesmo dia em que o PT e o candidato do partido a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, "esculhambam a administração dele na prefeitura". Para o deputado, Kassab atua como "biruta de aeroporto" que, ao sabor dos ventos, apanha em São Paulo e "paga pedágio" em Belo Horizonte. "Parece que ele ainda está na revolução de 32, com os fuzis voltados para o peito dos mineiros e dos gaúchos", afirmou Pestana. Ao mesmo tempo em que elogia a postura "íntegra e firme" da senadora Kátia Abreu (PSD-TO), único voto contra Kassab na reunião da Executiva, ele critica o presidente estadual do partido, Pedro Simão, que apoiou a intervenção. "O Simão não tem voto nem expressão política. Ele é um empresário dependente do governo federal, por causa do programa Minha Casa Minha Vida."

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