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Tucano afirma conhecer lobista, mas nega ilegalidade

Outros citados em texto de ex-diretor enviado ao Cade também negam ter relações com Arthur Teixeira

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Por Redação
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O secretário da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin (PSDB), Edson Aparecido, disse ontem que conhece Arthur Teixeira, mas negou categoricamente ter recebido propina do lobista. "Tive contato com Arthur Teixeira numa inauguração da CPTM em meados de 2000, não lembro exatamente. Mas nunca tive relação estreita com ele. Isso é um negócio de maluco."Aparecido afirmou ainda que "nunca teve contato com a empresa (Procint Consultoria, de Teixeira)". O secretário ressaltou ainda que "desconhece completamente o ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer"."Nunca tive reunião com esse Everton. Eu o desconheço, não sei quem é. É uma gravidade brutal uma afirmação desse tipo", enfatizou ele, citado no relatório do ex-diretor da Siemens. Rodrigo Garcia, secretário de Desenvolvimento Econômico de Alckmin e membro da executiva nacional do DEM, negou vínculos com Teixeira e as supostas propinas que teriam abastecido o caixa 2 de seu partido. "Refuto com veemência o que foi dito no relatório. Não tenho relacionamento nenhum com Arthur Teixeira. Isso não existe", afirmou. O secretário de Energia do Estado, José Aníbal, aparece como outro político que seria próximo ao presidente da Procint. "Eu já ouvi falar de Arthur. Mas não tenho relação nem com ele, nem com a Procint. E também desconheço esse sujeito aí (Everton Rheinheimer)", disse.Jurandir Fernandes, que chefia a pasta dos Transportes Metropolitanos, não foi localizado. O senador Aloysio Nunes (PSDB) e o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS) negaram qualquer laço com Teixeira e afirmaram desconhecer o ex-diretor da Siemens. Em nota oficial divulgada ontem, o PSDB de São Paulo repudiou as acusações feitas pelo ex-funcionário da Siemens.O Cade esclareceu que "não há qualquer irregularidade no acordo de leniência que deu início à investigação do suposto cartel de trens e metrôs no Brasil". Simão Pedro, atual secretário de Serviços da gestão de Fernando Haddad (PT), não foi localizado. Seu nome apareceu pela primeira vez no caso quando o presidente do Cade omitiu em currículos oficiais ter trabalhado para o petista. Na época, Pedro disse que era uma coincidência o fato de o caso Siemens emergir no Cade após seu antigo assessor ter assumido a presidência do órgão. O ex-governador do DF José Roberto Arruda e o atual vice-governador, Tadeu Filippelli, não foram localizados. / F.G., R.C. e F.M.

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