TSE aprova registro de Haddad com vice de Lula

Registro de ex-presidente, no entanto, deve ser indeferido pela Corte, que julga caso do petista nesta segunda

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Por Amanda Pupo (Broadcast), Teo Cury , Rafael Moraes Moura e Renan Truffi
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BRASÍLIA - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta sexta-feira, 31, por unanimidade, a coligação 'O Povo Feliz de Novo', formada por PT, PCdoB e PROS, e o registro de candidatura de Fernando Haddad como vice à Presidência da República na chapa encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio da Silva. O registro de de Lula, no entanto, deverá ser indeferido pela Corte. O julgamento do ex-presidente no TSE está ocorrendo nesta sexta-feira

O ministro Luis Roberto Barroso, que já votou para que o registro da candidatura do ex-presidente Lula seja impugnado, pede que o PT apresente, no prazo de dez dias, o nome de outro candidato à Presidência para substituí-lo.

Ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) é vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva Foto: Fernando Bizerra Jr/EFE

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Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá. Ele está preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, desde 7 de abril, no âmbito da Operação Lava Jato.

Antes da sessão plenária, o advogado Luiz Fernando Casagrande Pereira, defensor de Lula, disse "que é ruim" que o julgamento do registro do petista nesta sexta-feira "possa ser carimbado como um atropelo". A defesa do ex-presidente esperava que o caso fosse levado ao plenário do TSE apenas na próxima semana.

Casagrande Pereira também avisou que, em caso de derrota na arena eleitoral, a defesa do PT vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a inelegibilidade de Lula. No STF, os advogados também pretendem derrubar nos próximos dias uma eventual decisão desfavorável no TSE.

"Vamos ao STJ e ao STF buscar a liminar (para afastar a inelegibilidade), vamos ao STF contra a decisão do plenário (do TSE). Tem uma coisa que não vai acontecer antes da eleição, que é o trânsito em julgado (esgotamento de todos os recursos). A chance do trânsito em julgado é zero, porque o cumprimento dos prazos mínimos impede isso. Vai caber ao PT, ao ex-presidente Lula decidir até quando quer recorrer", disse Casagrande Pereira a jornalistas, antes do início da sessão plenária do TSE desta tarde.