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Tropas no Rio mostram fracasso do governo estadual, diz Molon

Candidato do PT foi o 2º dos candidatos a prefeito do Rio a ser sabatinado pelo Grupo Estado; Crivella foi o 1º

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Por Andreia Sadi e e Adriana Chiarin
Atualização:

O candidato do PT à prefeitura do Rio, Alessandro Molon, criticou nesta sexta-feira, 22,  durante sabatina do Grupo Estado , o envio de tropas federais para o Rio, para garantir a segurança nas eleições de outubro. "Pedido sobre as Forças é exatamente a melhor tradução do fracasso da segurança estadual. Se estivesse bem sucedida, não seria necessário pedir apoio das Forças." O vídeo do debate pode ser visto  na TV Estadão (clique aqui).   Veja também: Molon quer reduzir tributos para atrair empresas no Rio Crivella defende Exército e diz querer mais tropas em favelas Especial: Perfil de Alessandro Molon Molon quer manter distribuição de royalties do petróleo PT é maior que erros cometidos por dirigentes, diz MolonMolon quer ação integrada para evitar nova epidemia de dengue Molon se refere ao pedido do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Ayres Britto, que solicitou a Lula  o envio das Forças Armadas para reforçar a segurança das eleições no Rio de Janeiro. Com a crítica, ataca o governador do Estado, Sérgio Cabral, um aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O envio de tropas ao Rio, apoiado por Cabral, foi determinado para garantir os direitos de candidatos, eleitores e da imprensa, que vinham sendo ameaçados por traficantes e milicianos de comunidades carentes do Estado. O petista foi o segundo a ser sabatinado. Na última quinta, o concorrente do PRB, senador Marcelo Crivella, participoudo evento. Os demais candidatos serão sabatinados semana que vem: Eduardo Paes (PMDB), Fernando Gabeira (PV), Solange Amaral (DEM), Chico Alencar (PSOL) e Jandira Feghali (PC do B). Em São Paulo, do dia 1º ao dia 5, participam Marta Suplicy (PT), Geraldo Alckmin (PSDB), Gilberto Kassab (DEM), Paulo Maluf (PP) e Soninha Francine (PPS). Ivan Valente (PSOL) será sabatinado no dia 8. Molon se manifestou ainda contrário à política de segurança estabelecidade por Cabral.  "É equivocada, não tem provocado resultado, mata mais não oferece segurança a ninguém, minha posição de segurança sobre a atual é contraria", reiterou. Molon apontou maquiagem de dados de segurança e lembrou o episódio, ocorrido em junho, em que três jovens do Morro da Providência foram mortos depois de terem sido entregues, por militares do Exército, a traficantes do Morro da Mineira.  Ele iniciou sua participação sintetizando suas propostas de campanha em uma frase: "Queremos fazer do Rio uma cidade segura para todos". Ele explicou que o conceito de cidade segura envolve também saúde, educação, transporte e segurança e citou ainda uma quinta área, a da geração de emprego. Segundo Molon, "em uma cidade segura não se morre de picada de mosquito", numa referência às mortes ocorridas na cidade por conta da epidemia da dengue. Ele deu outros exemplos sobre o conceito de cidade segura, citando que nela os idosos não caem em buracos nas calçada, as milícias não controlam transportes e todas as crianças têm direito a estar na escola. Molon disse também que o Rio deseja a transformação e mudanças. " Prefiro falar o que eu modificaria do que o que eu manteria. A cidade sonha muito mais com a renovação e eu  represento a mudança nessas eleições." Molon defendeu, ainda, a integração das forças de segurança federais, estaduais e do município e o mapeamento de tipos de crimes praticados por áreas da cidade. Pediu "uma limpeza na Polícia Militar", mas reconhece que não é função do município, já que é estadual. E propõe ações preventivas nas áreas da educação, lazer, cultura e esportes.

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