13 de maio de 2013 | 02h07
Na quinta-feira, quando procurado pelo Estado para explicar o patrimônio de R$ 30 milhões, o juiz alegou que "todos os valores empregados nas compras de imóveis possuem origem lícita, oriundos dos investimentos bem-sucedidos com capital próprio e de terceiros investidores".
Fiori foi taxativo ao argumentar que "é inocente de todas as acusações, como será devidamente comprovado no Poder Judiciário". Afirmou que nunca teve "nenhuma ligação" com alvos da Operação Lava-Rápido.
Atualmente, ele é assistente fiscal e suplente na 16.ª Câmara de Julgamentos do Tribunal de Impostos e Taxas - onde chegou em 2008 -, vinculado à Coordenadoria de Administração Tributária (CAT) da Fazenda. Os juízes podem ser representantes da Fazenda ou dos contribuintes. Os candidatos submetem seus currículos ao crivo do tribunal e da CAT. A Procuradoria-Geral do Estado não participa da seleção.
A Secretaria da Fazenda informou que Fiori detém "um currículo brilhante, com mestrado e doutorado", e que ele "é fora de padrão, inteligente". Segundo a pasta, "não havia como rejeitar o currículo de Fiori, tecnicamente muito consistente".
Quando se desentendeu com Wagner do Amaral, que lhe vendeu imóvel de R$ 2,4 milhões, Fiori falou de seu círculo de amizades: "Tenho muitas influências, muitos amigos políticos".
"Seu comportamento social tem sido caracterizado como arrogante, egoísta, com soberba suficiente para desprezar seus credores e, sobretudo, violento", alertam os investigadores. "Cobrado por seus credores, intimidava-os e invocava sua autoridade fiscal. A prepotência do juiz do TIT corresponde à sua audácia e rápida ascensão ao espaço fechado dos milionários, sem que se possa justificar o meteórico enriquecimento."
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