
06 de agosto de 2013 | 02h07
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, aponta "existência de indícios da prática de corrupção passiva e advocacia administrativa pelo deputado". Ele destaca que interceptações telefônicas mostram que Paulo Rodrigues Vieira - ex-diretor da Agência Nacional de Águas, apontado como integrante da organização criminosa - "mantinha contato com diversas autoridades detentoras de prerrogativa de foro, incluindo-se o deputado". Segundo Gurgel, "examinando os diálogos travados entre ambos, extrai-se que o parlamentar, valendo-se de sua influência política, tanto prestava como solicitava favores a Vieira, além de, em certas ocasiões, haver indícios de patrocínio de interesses privados perante a administração pública".
O procurador assinala que "é preciso investigar como ocorriam as trocas de favores, esclarecendo se eram vinculadas à solicitação ou recebimento de vantagens pelo parlamentar". Por sua assessoria, Costa Neto disse que "não comenta manifestações do Ministério Público ou procedimentos relacionados ao Judiciário".
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