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Soninha diz que não fuma mais maconha, mas sofre preconceito

Vereadora e candidata do PPS afirmou que continua favorável à descriminalização do uso do entorpecente

Foto do author Bianca Lima
Por Bianca Lima e Carolina Fre
Atualização:

A candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo,  Soninha Francine, disse nesta sexta-feira, 5, que não fuma mais maconha, mas ainda sofre preconceito, inclusive na Câmara Municipal, por conta de sua polêmica declaração a uma revista em 2001. Ela é vereadora desde 2004. Em sabatina promovida pelo Grupo Estado, candidata afirmou que mantém sua opinião a favor de uma mudança na lei para descriminalizar o uso da maconha no País, como forma de combater a criminalidade do tráfico de drogas.  O vídeo com a sabatina pode ser visto na TV Estadão (clique aqui).      Veja também: Especial: Perfil de Soninha Francine  Soninha defende pedágio urbano em 'áreas disputadas' de SP Soninha desabafa, critica Câmara e diz não ser 'Joana D'Arc' Blog: principais declarações de Soninha, Alckmin, Marta, Kassab e Maluf na sabatina  Veja galeria de fotos com a sabatina de Soninha  Veja gráfico com a última pesquisa Ibope/Estado/TV Globo Vereador digital: Conheça os candidatos à Câmara de SP  As regras para as eleições municipais  Tire suas dúvidas sobre as eleições de outubro E minimizou os impactos negativos para os usuários. "A maioria das pessoas que fuma (maconha) exerce normalmente a suas atividades sociais." Soninha chegou a ser demitida da TV Cultura na época. "Não fumo há muito tempo, mas isso não muda minha opinião", afirmou. "Continuo defendendo a descriminalização. Mantenho minha opinião", reiterou.   Soninha admitiu que o episódio da revista lhe rende comentários desagradáveis até hoje. E contou que só admitiu à revista fumar "no contexto de uma discussão muito séria sobre a lei de criminalização da maconha". "A edição do meu depoimento na matéria foi bastante razoável, mas a capa foi desastrosa, sensacionalista."   Crítica à Câmara   A candidata do PPS criticou também os vereadores da Câmara Municipal, ao falar dos acordos para dar prosseguimento a projetos de lei de aliados,, na base do toma lá, dá cá. "Nas comissões, vereadores deixam prosseguir projetos de colegas, como se fosse ofensa criticar", disse. "É tanto constrangimento que faz muita gente desistir de se indispor. Todas as votações são combinadas antes."   Soninha citou que os vereadores Carlos Neder (PT), Chico Macena (PT), Gilberto Natalini (PSDB), Ricardo Montoro (PSDB) também se indispõem com esse sistema e lutam contra o "toma lá, dá cá". No entanto, criticou a atuação do presidente da Câmara, Antonio Carlos Rodrigues (PR). "Não votei em Antonio Carlos Rodrigues para presidente. Nossa visão da cidade e de política é completamente diferente", afirmou. "Não faço política da maneira dele. Não ofereço apoio incondicional a ninguém. Se meu vereador favorito apresentar projeto inadequado eu vou votar contra."   Sabatinas   Na série de sabatinas do Grupo Estado, Marta Suplicy (PT) foi a primeira. Geraldo Alckmin (PSDB), o atual prefeito, Gilberto Kassab (DEM) e Paulo Maluf (PP) deram seqüência. Soninha Francine (PPS) foi a penúltima. Ivan Valente (PSOL) é o sabatinado na segunda, dia 8. Todos respondem a perguntas e apresentam suas propostas para as principais áreas da cidade. Logo após a transmissão, os vídeos das sabatinas podem ser vistos no estadao.com.br.

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