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Skaf não cita Temer e diz que decisão de Marta sairá na semana que vem

Em evento do MDB, nome de Temer não aparece nem nas faixas da militância; sobre candidatura de Marta ao senado, empresário diz que ela está 'refletindo'

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Foto do author Gilberto Amendola
Foto do author Pedro  Venceslau
Por Gilberto Amendola , Fabio Leite e Pedro Venceslau
Atualização:
Paulo Skaf, pré-candidato ao governo de SãoPaulo pelo MDB. Foto: Hélvio Romero/Estadão

A convenção do MDB que oficializou ontem a candidatura de Paulo Skaf ao governo paulista omitiu o nome do presidente Michel Temer, que também é do MDB, durante todo o evento. O nome de Temer não estampou faixas ou cartazes. O presidente também não foi citado em nenhum discurso – seja na fala de Skaf ou do presidenciável emedebista e ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

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Outra ausência na convenção foi a da senadora Marta Suplicy. Ela ainda não decidiu se aceita disputar o Senado ou se opta por concorrer a uma vaga na Câmara (a hipótese de não se candidatar a nenhum cargo público também existe). “Ela está refletindo e vai tomar uma decisão até a próxima semana. Ela merece nosso respeito. E tem todo o direito de pensar, porque quando ela entra, ela entra de cabeça”, disse Skaf. Marta tem até o próximo dia 5 para decidir se vai tentar a reeleição ao Senado.

Sobre Temer não ter sido lembrado na convenção, Skaf desconversou. Apenas disse que ele foi convidado, “mas que não pôde comparecer porque estava viajando”. O deputado emedebista Beto Mansur, vice-líder do governo, comentou a não menção a Temer. “Se fosse por mim, eu citaria o presidente. Mas acho natural que não citem. É uma eleição estadual, em que os candidatos precisam ser apresentados”, disse.

A convenção começou às 9h no clube Sírio, em São Paulo. Skaf e Meirelles chegaram juntos por volta das 11h. A dupla precisou atravessar uma multidão de militantes para chegar ao palco. Nos discursos, focaram em segurança pública e educação. Meirelles chegou a dançar um forró no palco.

Presidente licenciado da Fiesp, Skaf é o único entre os principais candidatos ao governo que já concorreu ao cargo. 

Empate técnico com João Doria

Se por um lado o recall das duas campanhas é apontado como principal fator do bom desempenho de Skaf nas pesquisas – levantamento do Ibope em junho apontava empate técnico entre ele e João Doria (PSDB) no primeiro lugar -, por outro, a impopularidade recorde do presidente Michel Temer pode minar seu crescimento na campanha.

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O desgaste provocado pelo governo federal no MDB acabou isolando Skaf em São Paulo. Sem nenhuma aliança formada, o presidente licenciado da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) foi buscar sua vice fora da política - na semana passada anunciou a tenente coronel da PM Carla Danielle Basson para compor a chapa.

Sobre o fato do partido sair sem coligações, Skaf e Meirelles disseram ser sinal de que o MDB não entrou no tomá lá, da cá com outras legendas - e que esse seria o jeito moderno de fazer política. 

Baleia Rossi abriu os trabalhos

No encontro deste sábado, 28, o presidente estadual do MDB, o deputado federal Baleia Rossi, foi o primeiro a falar. Ele apresentou a candidata ao Senado Cidinha, presidente do MDB Afro. Depois,anunciou a vice de Skaf, que discursou pela presença das mulheres na política e contra o assédio em transportes públicos.

Depois do evento, Skaf não comentou a ausência do nome de Temer, mas disse que ele havia sido convidado. Meirelles também não comentou diretamente a ausência de Temer. 

O deputado Beto Mansur, vice líder do governo, esteve presente no evento. Sobre a ausência de citações ao presidente Temer, ele comentou: "Se fosse por mim, eu citaria o presidente, por tudo o que ele tem feito pelo Brasil. Mas acho natural que não citem, é uma eleição estadual, onde os candidatos precisam ser apresentados". 

Beto Mansur disse não saber se houve uma decisão deliberada em não citar o presidente.

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