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Skaf diz que ataques de Alckmin não atingiram sua campanha

Candidato do PMDB argumenta que governador parou de criticá-lo porque não tem tido sucesso; tucano passou a polarizar com nome do PT, Alexandre Padilha

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Por José Maria Tomazela
Atualização:
O peemedebista aproveitou a visita à associação de policiais deficientes para falar sobre os problemas de segurança do Estado Foto: Werther Santana/Estadão

São Paulo - Em visita a uma associação que atende policiais militares deficientes físicos, nesta quinta-feira, 25, em São Paulo, o candidato do PMDB ao governo do Estado, Paulo Skaf, afirmou que os ataques da campanha do governador Geraldo Alckmin (PSDB)não adiantaram nada."Se ele tivesse dado a disputa como ganha, ele não atacaria ninguém. Ele me atacou durante semanas com acusações falsas e não adiantou nada. Como viu que não estava tirando meus votos, passou a atacar outros adversários", disse ele ao ser questionado se Alckmin havia parado de criticá-lo por achar que vai vencer a eleição no primeiro turno.

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O posicionamento de Skaf ocorre em meio à intensificação das críticas entre o tucano e o candidato do PT ao governo estadual, Alexandre Padilha, no horário eleitoral. Na segunda, Alckmin definiu como “incompetente” a gestão do petista à frente do Ministério da Saúde. Em resposta, Padilha acusou o tucano de dizer “mentiras” e de adotar uma postura “característica dos covardes” ao usar locutores para atacá-lo. “O senhor me respeite”, afirmou o petista no programa eleitoral. Em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, com 17% segundo o último Ibope, Skaf não se envolveu nas trocas de acusações no horário eleitoral desta semana.

O peemedebista aproveitou a visita à associação de policiais deficientes para falar sobre os problemas de segurança do Estado. O candidato recebeu uma pauta com dez reivindicações, entre elas pagamento de seguros por morte e invalidez que estão atrasados, transporte para tratamento de militares incapacitados, rapidez no pagamento de pensão para as viúvas, que hoje demora três meses, e reforma no Hospital da Polícia Militar. Ele disse que atender as reivindicações é obrigação do Estado. "São policiais militares que passaram a ter deficiências cumprindo seu dever e o Estado é ausente até no transporte e no pagamento da pensão da viúva."

O candidato ouviu relatos de policiais paraplégicos, entre eles um que se tornou deficiente ao ser atingido por um carro durante escolta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo, em 2004. "Nem o presidente, nem o governador da época se preocuparam em saber como eu estava", relatou o policial. Skaf disse que considerava aqueles policiais heróis de guerra, "pois estamos vivendo uma situação de guerra"

'Marca de governo'. O peemedebista aproveitou ainda para atacar a gestão de Alckmin e disse que, na área de segurança, o Estado está à deriva, como mostram os acontecimentos recentes, como o assassinato de mais um policial militar, as estatísticas que indicam crescimento de roubos e o arrastão em um parque de diversões. "Já que ele (Alckmin) procura uma marca para o seu governo, pode bem ser arrastão em parque de diversões, pois isto nunca tinha acontecido", afirmou, diante de uma plateia de policiais cadeirantes, na maioria, atingidos por tiros. 

Skaf se referia a uma sequência de arrastões ocorrida no dia anterior no Hopi Hari, conhecido parque de diversões de Vinhedo, região de Campinas. Um grupo atacou frequentadores furtando tênis, peças de roupas e celulares. Algumas pessoas ficaram levemente feridas e menores foram detidos. O peemedebista culpou o governo por ter reduzido os recursos para a polícia. "Se comparar 2010 com 2013, o governador Alckmin reduziu 30% os investimentos em termos reais na segurança pública. Isso mostra que não é prioridade dele a segurança das pessoas."

Considerando "gravíssimo" o problema da segurança pública no Estado, ele deu sua receita para o setor: "Vou valorizar e apoiar os policiais, mas também exigir que protejam bem a população. A ausência do Estado nas periferias abre espaço para o crime organizado. Entendo que há necessidade de pagar melhor o policial, mas é preciso estar próximo da polícia, equipá-las bem." Perguntado sobre quanto deveriam aumentar os salários, ele se negou a falar em valores. 

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