Setores do partido apontam enfraquecimento das bases

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Por Redação
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Petistas defensores da política de candidaturas próprias acusam líderes nacionais e regionais do partido de enfraquecer suas bases, dificultar a formação de novos quadros nos municípios e manter o PT dependente de seus aliados ao abrir mão de parte das disputas eleitorais.Em Curitiba, o PT desistiu de sua candidatura na semana passada para apoiar o PDT de Gustavo Fruet (ex-PSDB). Em troca do acordo, os petistas pretendem cobrar dos pedetistas apoio na disputa pelo governo paranaense em 2014, com um petista na cabeça de chapa."Se eu não tenho candidato próprio, eu vou fragilizado para 2014", rebate o deputado Dr. Rosinha, que pretendia disputar a Prefeitura de Curitiba.'Modo petista'. Militantes do PT afirmam que, ao correr o risco de perder espaço nas prefeituras, o partido terá menos vitrines do chamado "modo petista de governar".Para apoiar a reeleição de Eduardo Paes (PMDB) no Rio, o PT desistiu de lançar um candidato próprio na cidade pela primeira vez. O deputado Alessandro Molon avisa que não fará campanha para o peemedebista."Esse papel de burro de carga em que se quer colocar o PT do Rio, para servir ao PMDB, ele vai ser trágico para o futuro do partido. Time que não joga não tem torcida", diz Molon.A aliança com o PSB do prefeito Marcio Lacerda em Belo Horizonte levou a direção do partido a autorizar a formação de uma chapa ao lado do PSDB. O vice-prefeito Roberto Carvalho (PT) protestou, mas foi vencido.Além de acatar demandas dos partidos da base do governo federal e de fazer acordos com foco em 2014, o PT estuda ceder espaço a aliados em troca do apoio a Fernando Haddad em São Paulo. A sigla pode desistir de lançar nomes em Macapá e Boa Vista para apoiar as chapas encabeçadas pelo PSB. / B.B.

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