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Serra sonda PPS sobre possível apoio eleitoral

Ex-governador ainda estuda candidatura a prefeito, mas já corteja o aliado, que diz manter Soninha na disputa

Por Bruno Boghossian
Atualização:

Enquanto ainda tenta reunir pré-requisitos que possam embasar uma nova candidatura a prefeito de São Paulo, o tucano José Serra começou a consultar antigos aliados para discutir a montagem de uma coligação.O ex-governador paulista procurou o PPS na quarta-feira para sondar a possibilidade de receber o apoio da legenda, que esteve ao lado de Serra na campanha presidencial de 2010.Serra teria ouvido de aliados que o PPS poderia abrir mão da candidatura de Soninha Francine na capital paulista e resolveu consultar o presidente nacional da legenda, Roberto Freire. A resposta que escutou não foi animadora: o PPS mantém firme o projeto de lançar Soninha à Prefeitura e descarta um alinhamento automático com uma eventual chapa encabeçada pelo tucano.Soninha, que foi coordenadora do site oficial de Serra na campanha de 2010 e atualmente ocupa uma superintendência no governo de São Paulo, confirmou sua pré-candidatura e disse que não tem planos de abandoná-la para apoiar o tucano. "Eu quero ser prefeita. Tenho algumas semelhanças com ele (Serra), tanto que defendi candidatura dele (em 2010), mas também temos diferenças", afirmou ela.Serra quer ter certeza de que não vai embarcar em uma coligação magra antes de definir se será candidato. Ontem o governador voltou a reafirmar apoio à consulta prévia para a escolha do candidato, mas, na mesma direção de Serra, ressaltou que o partido tem trabalhado por um "forte arco de alianças"."Seja quem for o candidato, nós vamos trabalhar para ter um forte arco de alianças para vencer as eleições", acrescentou.Na mira dos tucanos estão o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o PDT, o DEM e o PTB. O PSDB estadual liberou aos quatro pré-candidatos tucanos à Prefeitura de São Paulo uma verba de R$ 25 mil cada para tocarem as campanhas da prévia marcada para o dia 4 de março.Em e-mail enviado anteontem aos coordenadores das campanhas dos secretários Andrea Matarazzo (Cultura), Bruno Covas (Meio Ambiente) e José Aníbal (Energia) e do deputado Ricardo Tripoli, o partido informou que o diretório estadual cobrirá os gastos até esse valor. / COLABORARAM GUSTAVO URIBE e JULIA DUAILIBI

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