Serra diz que críticas a Kassab são mentirosas

Candidato tucano afirma que atual gestão é 'bem melhor' do que avaliações feitas a ela

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Por Redação
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O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, afirmou que não é um "peso" defender o legado do atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD), nestas eleições, mesmo com as pesquisas indicando elevada rejeição a sua administração. "Não é nenhum peso nem é uma mola, é uma realidade (a defesa de Kassab). A gestão é bem melhor que a avaliação que agora tem, tanto é que os adversários mentêm quando fazem críticas a ele", afirmou Serra durante a série Entrevistas Estadão, realizada na tarde desta sexta-feira, 31.Kassab era vice de José Serra quando ele foi prefeito, entre 2005 e 2006, e o sucedeu no comando da Capital após o tucano renunciar para concorrer ao governo do Estado. Questionado sobre as razões que o motivaram a deixar o cargo, ele explicou que saiu porque havia chances de um petista ganhar as eleições estaduais. "Sai da Prefeitura, mas não sai da cidade. São Paulo tem dois prefeitos: o municipal e o estadual", defendeu Serra, reforçando sua tese de que além do prefeito, o governador do Estado também cumpre papel de gestor na Capital.Mesmo registrando queda nas atuais pesquisas de intenção de voto, Serra disse que, ao longo de todas as campanhas que disputou - a primeira foi para deputado, em 1986 - aprendeu a "manter uma linha consistente, não deixar (a estratégia de campanha) ficar oscilando ao sabor de determinadas circunstâncias". Mas admitiu: "Esta é uma campanha muito difícil."

 O tucano também defendeu-se quando questionado sobre sua elevada rejeição registrada nas pesquisas. "Não há rejeição nos aspectos morais, na (minha) capacidade de fazer as coisas", afirmou. Como possíveis razões, ele citou o fato de ser bem conhecido e já ter disputado eleições presidenciais.Sobre a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como padrinho político do candidato petista Fernando Haddad, Serra concordou que influencia na conquista de votos, mas ressaltou outras disputas que esse apoio não foi decisivo. "Lula apoiou em 2004 a Marta e eu ganhei a eleição (para Prefeitura). Em 2006, o Mercadante (para o governo do Estado) e eu ganhei."O candidato rebateu críticas feitas ao sistema de inspeção veicular, que mede a emissão de poluentes dos automóveis anualmente. Ele afirmou que a ideia já existia na administração de Marta Suplicy (2001-2004), do PT. "A gestão do PT trabalhou nesse esquema mas não materializaram (a realização)." Ele também defendeu que a taxa continue a ser paga. Para ele, se for paga pela Prefeitura acabará sendo cobrada também dos cidadãos que não possuem automóveis.

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