Secretário nega ligação pessoal com indicados

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Por Redação
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A Secretaria da Educação informou que os três profissionais - Antonio Camilo Nogueira Guedes, Paulo Roberto Vieira de Lucena e Paulo César Pereira de Souza - citados no e-mail do secretário Herman Voorwald já trabalhavam na repartição "antes de o titular da pasta assumir o seu cargo e foram desligados em função de reestruturação".Pessoas próximas a Voorwald disseram que ele ficou "perplexo" com a citação a uma correspondência sua.Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria da Educação rechaçou a versão de que Voorwald teria ligação com os nomes que citou na mensagem ao presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), José Bernardo Ortiz. "O secretário não possui nenhuma relação de ordem pessoal com eles."Segundo a assessoria do secretário, "os nomes foram encaminhados à Fundação para o Desenvolvimento da Educação exclusivamente por orientação da chefia de gabinete".A assessoria de Voorwald destacou que o secretário, "ao tomar conhecimento da acusação encaminhada ao Ministério Público, e considerando que a chefe de gabinete foi destituída de suas funções em março deste ano por determinação do presidente da FDE, solicitou imediatamente à fundação a averiguação das implicações legais correlatas e a tomada de providências cabíveis".A secretaria destaca que passou por reestruturação em janeiro, o que implicou redução de pessoal. Fontes da FDE alegam que a ex-chefe de gabinete Gladiwa de Almeida Ribeiro foi demitida por "prática de nepotismo". Ela teria indicado o próprio marido, Norberto Ribeiro, para uma função na FDE. Por isso, Ortiz a excluiu dos quadros da fundação. Gladiwa é alvo de procedimento administrativo disciplinar.Ortiz, que se afastou da presidência da FDE, atribui a deputados do PT a autoria da denúncia à promotoria. "Pertencem ao PT, partido cujo candidato disputa contra meu filho as eleições municipais em Taubaté", afirmou. O filho de Ortiz, José Bernardo Ortiz Júnior, é candidato a prefeito pelo PSDB. A liderança do PT na Assembleia reagiu às críticas de Ortiz. O partido informou que representou em maio ao Ministério Público para investigação sobre a compra supostamente superfaturada de mochilas. Segundo o PT, Ortiz está convocado pela Comissão de Fiscalização e Controle desde novembro de 2011. "Os deputados do PT cumprem seu dever constitucional de fiscalizar as ações dos agentes públicos estaduais, independentemente do calendário eleitoral."Ortiz acusa o Ministério Público de não tê-lo ouvido. "Nos seis meses em que se desenrola o inquérito, não fui chamado, convidado ou convocado uma única vez para prestar explicações." A promotoria informa que mandou ofício a Ortiz, dando-lhe oportunidade de se manifestar.Ele rechaça a suspeita de que o filho agiu como lobista e chegou a incluir cláusulas no edital de licitação para favorecer fornecedora de mochilas. "Ninguém intermediou exigência nenhuma no edital porque seu texto, especialmente nas duas cláusulas apontadas como restritivas à competição, é o mesmo utilizado historicamente pela FDE em suas licitações", diz Ortiz. / F.M.

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