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Sabatina Estadão: Marta descarta adotar pedágio urbano

Por ANNE WARTH E ELIZABETH LOPES
Atualização:

A candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, disse hoje que não pensa em adotar medidas mais drásticas para melhorar o trânsito na cidade, como o pedágio urbano ou o aumento do tempo do rodízio municipal para um dia inteiro, no lugar da atuais seis horas diárias. "Pensei e descartei, porque isso é realmente um sinônimo de incompetência", afirmou, ao participar da primeira das sabatinas que o Grupo Estado promove com os candidatos que concorrem à Prefeitura de São Paulo. "Temos alternativas. Se não tivesse, eu seria a primeira a concordar", acrescentou. Ao falar de seus planos para a área de transportes, Marta lembrou um dos feitos de sua gestão na Prefeitura: o fim do transporte clandestino na cidade. Ela destacou que teve de usar colete à prova de balas para enfrentar a chamada máfia dos transportes. "Quando digo que vou melhorar o que está acontecendo na cidade, estou dizendo que vou fazer. E tenho idéias novas", destacou. Marta afirmou que possui um plano de ações na área de transporte com impactos no curto, médio e longo prazo. No curto prazo, a candidata promete investir nas empresas municipais mais envolvidas com a pasta - a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e a São Paulo Transporte (SPTrans). Além disso, ela citou que fará pequenas obras de baixo custo que devem elevar a fluidez do trânsito e ter impacto imediato na cidade. No médio prazo, com prazo entre 1,5 e 2 anos para ter efeito, Marta disse que construirá novos corredores de ônibus e tomará medidas para que os atuais possam ter mais velocidade, como o aumento da fiscalização. No longo prazo, a candidata garantiu que fará investimentos para ampliar as linhas de Metrô da capital paulista. Marta aproveitou para criticar o PSDB, partido que governa o Estado há 14 anos e que, na avaliação dela, não investiu o suficiente nessa área. "É incompreensível que em 14 anos os tucanos tenham construído apenas 12 quilômetros de metrô. Nos últimos seis anos, a média foi de menos de 1 quilômetro por ano", criticou. Saúde Marta também afirmou hoje que teria feito o CEU Saúde se tivesse sido reeleita em 2004. Contudo, disse que se for eleita em outubro deste ano, não vai levar a proposta adiante porque aprendeu que a saúde é uma construção e a cidade está cansada de ser desconstruída. "O Serra (atual governador do Estado e prefeito eleito em 2004, José Serra - PSDB) optou pelas AMAs e eu não vou parar, vou continuar", afirmou. Ela disse que pretende continuar com o projeto de Assistência Médica Ambulatorial (AMA) porque aprendeu que não é possível desperdiçar tempo no setor da saúde. "Se não pude fazer (o CEU Saúde) como ideal, vou continuar o que eles (Serra e Kassab) estão fazendo." Marta disse que em sua gestão de prefeita pegou dois anos de final de governo Fernando Henrique Cardoso, quando o País enfrentava uma situação difícil. E disse que a situação hoje, com o governo Lula, é completamente diferente, não apenas na questão de aportes de recursos - para as gestões Serra e Kassab - mas também na melhoria do País como um todo. Ela criticou, mais uma vez, a atual gestão do prefeito Kassab, destacando que faltam projetos à altura do porte de São Paulo. "Somos o quinto País em venda de computador, e, em 2010, estaremos atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Quando vejo isso penso: ''e São Paulo, onde está?'' O Brasil está bombando, a cidade mais importante não faz investimento em tecnologia e não qualifica a sua população." Ao falar deste cenário, citou que seu programa de governo propõe parcerias para a qualificação neste setor e para acabar com o que classificou de "analfabetismo digital". A petista disse, na sabatina realizada hoje pelo Grupo Estado com os candidatos que pleiteiam a Prefeitura de São Paulo, que a capital paulista "é uma cidade que deve ser pensada em dimensões maiores."

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