Rosinha Garotinho conseguiu confirmar sua vitória para a prefeitura de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense. A candidata do PMDB foi eleita com 54,47% dos votos, contra 45,53% de Arnaldo Vianna (PDT). A cidade teve 17,82% de abstenção e 4,42% de votos nulos. Os votos brancos somaram 1,51%. Veja também: Com vitória de Rosinha em Campos, clã Garotinho renasce Geografia do voto: desempenho dos partidos no País Cobertura completa das eleições 2008 Eu prometo: Veja as promessas de campanha dos candidatos Depois de ter sido declarada eleita no primeiro turno, a ex-governadora do Rio Rosinha Garotinho (PMDB) correu atrás dos votos em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, para confirmar a vitória. O candidato do PDT, ex-prefeito Arnaldo Vianna, que havia concorrido sub judice e não teve os votos validados, foi autorizado pela Justiça a disputar o segundo turno. Na reta final da campanha no berço político do casal Garotinho, a batalha judicial e a troca de acusações prevalecem sobre as propostas, em uma cidade enriquecida pelos royalties do petróleo e empobrecida por sucessivos escândalos de corrupção. A reconquista de Campos poderá representar um recomeço para o ex-governador Anthony Garotinho, que coordena a campanha da mulher e está no ostracismo desde a chegada do desafeto Sérgio Cabral (PMDB) ao Palácio Guanabara. Apesar de presidir o PMDB do Rio, ele combate o governador e dá sinas de mirar na cadeira dele em 2010. O clã já comemora a eleição de Clarissa Garotinho, filha do casal, vereadora na capital. Em Campos, pesquisa Ibope divulgada na semana passada mostra Rosinha com 49% das intenções de voto e Viana com 36%. O pedetista obteve 108 mil votos no primeiro turno, pouco menos que os 118 mil de Rosinha. Como os votos dele foram considerados nulos, a ex-governadora foi declarada eleita com 78,9% dos votos. A ex-governadora Rosinha Matheus (PMDB) havia sido considerada vencedora no pleito, já que os votos recebidos por Vianna não foram contabilizados por estarem sub judice. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permitiu a realização do segundo turno enquanto não é julgado o recurso de Vianna contra a cassação da sua candidatura. Ele foi considerado inelegível por ter tido as contas da sua administração rejeitadas. Vianna é réu em seis processos transitados em julgado referentes a prestações de contas e relatórios de inspeção, seu nome aparece na lista de inelegibilidades do Tribunal de Contas do Estado e sua impugnação foi recomendada pela Procuradoria Eleitoral. Rosinha, que chegou a fazer planos para o secretariado, lamentou a decisão do TSE, mas disse que confia na vitória e insinuou que a batalha jurídica ainda não terminou. Texto alterado às 20h10 para acréscimo de informações.