De segunda a sexta, o Estado publicará resumos com as principais notícias sobre as campanhas e o dia dos candidatos nas eleições 2018.
Confira abaixo os destaques desta sexta-feira, 21:
Comentários dos candidatos sobre carta de FHC
Ciro Gomes disparou novamente contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em razão da carta na qual o tucano pediu a união do centro político nas eleições 2018. De acordo com o candidato do PDT, é “mais fácil um boi voar de costas”.
“O FHC não percebe que ele já passou. A minha sugestão para ele, que ele merece, é que troque aquele pijama de bolinhas que está meio estranho por um pijama de estrelinhas. Porque, na verdade, ele está preparando o voto no Fernando Haddad (PT), porque ele não tem respeito a nada e a ninguém, a não ser ao seu próprio ego”, afirmou Ciro.
Os candidatos Guilherme Boulos e Marina Silva também comentaram o apelo do ex-presidente. O representante do PSOL afirmou que FHC é um “hipócrita” e que os tucanos são “corresponsáveis pela ascensão do (candidato do PSL à Presidência, Jair) Bolsonaro”, enquanto a presidenciável da Rede declarou que o PSDB enfrenta hoje as mesmas dificuldades que o PT.
"É legítimo que o ex-presidente se coloque, ainda mais quando seu próprio partido vive a mesma dificuldade do partido que hoje já tem um dos seus líderes presos", disse Marina.
Carta é conselho para todos, diz Alckmin
Geraldo Alckmin disse concordar com a carta de FHC e afirmou que o texto é uma “importante reflexão” para o momento político brasileiro. Segundo o tucano, a carta não é direcionada para nenhum candidato específico, mas sim um conselho a todos sobre os riscos do radicalismo.
“Não podemos ir para os radicalismos, o Brasil perde com isso. A carta é uma reflexão, pois nesses 15 dias é que vamos ter uma definição da eleição”, declarou Alckmin.
Economista de Alckmin é contra nova CPMF
Persio Arida, coordenador do plano econômico de Alckmin, disse ser “filosoficamente e totalmente contra” a recriação da CPMF durante sua sabatina na sérieOs Economistas das Eleições, realizada pelo Estado em parceria com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), nesta sexta-feira, 21.
“Somos filosoficamente e totalmente contra a volta da CPMF. Se fosse bom, o resto do mundo já teria feito. Gostaria de dizer que pretendemos reduzir a carga tributária, mas seria irresponsável da minha parte", afirmou.
Ciro Gomes abre as portas para o Estadão
Apesar do berço político de Ciro Gomes ficar em Sobral, interior do Ceará, o candidato do PDT é conterrâneo de Geraldo Alckmin e nasceu em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo. O presidenciável abriu as portas da casa onde viveu até os cinco anos de idade com exclusividade para o Carrapato Estadão. Confira o vídeo abaixo:
Haddad atacado em seu primeiro debate na TV
Fernando Haddad foi o alvo principal de seus adversários durante debate entre os presidenciáveis das eleições 2018 realizado pela TV Aparecida nesta quinta-feira, 20. O candidato do PT foi questionado por denúncias de corrupção contra nomes do partido e pela condução econômica do governo da presidente cassada Dilma Rousseff.
Bolsonaro prevê alta até o fim do mês
Quem não participou do debate na TV Aparecida foi Jair Bolsonaro, que segue internado no Hospital Albert Einstein para se recuperar do atentado sofrido em Juiz de Fora (MG). Nesta sexta-feira, 21, o candidato do PSL publicou um novo vídeo nas redes sociais, no qual agradece pelo apoio recebido e prevê que pode ter alta até o final de setembro.
"Nunca me senti tão bem em toda a minha vida. Meu muito obrigado a todos vocês. Até o final do mês, se Deus quiser, estarei de alta, onde então juntos enfrentaremos o 7 de outubro, novo marco no rumo do nosso Brasil", disse.
Paulo Guedes cancela agenda em São Paulo
Paulo Guedes, coordenador do programa econômico de Bolsonaro, cancelou sua presença em dois eventos na cidade de São Paulo nesta sexta-feira, 21. É o terceiro cancelamento de agenda do economista depois que Bolsonaro determinou uma “lei da mordaça” entre seus assessores.
Nelson Jobim: Constituição por notáveis é equívoco
Nelson Jobim, ex-ministro da Defesa e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, disse considerar “completamente absurda” a proposta de que o Brasil discuta uma nova Constituição sem a convocação de uma assembleia constituinte no Congresso Nacional. A proposta foi defendida pelo General Mourão (PRTB), candidato a vice de Bolsonaro.
"(Sem a participação do povo), vira uma coisa de elite. As constituições feitas por notáveis, veja principalmente a de Weimar, deu no nazismo", disse Jobim sem citar especificamente Mourão.