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Relatório do Brasil adverte sobre assassinatos

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Por Redação
Atualização:

Lido ontem pela ex-presidente da Associação Nacional de Jornais, Judith Britto, o relatório sobre o Brasil da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP adverte que "é motivo de especial alarme o aumento de assassinatos de jornalistas no exercício da profissão". Destaca "a recorrência de decisões judiciais" e constata, mais uma vez, que em períodos eleitorais a censura prévia por via judicial, aplicada em geral por magistrados de 1ª instância aumenta historicamente". O documento, preparado pela ANJ, menciona 2 casos de mortes; 15 de agressão; 6 de censura judicial; 2 ameaças; 1 caso de prisão e 1 de atentado. O alto número de agressões confirma a tendência anterior de períodos eleitorais, em que partidos, candidatos e grupos organizados hostilizam repórteres e fotógrafos. As mortes mencionadas no relatório foram as de Valério Luiz, radialista da Rádio Jornal de Goiânia, em 5 de julho, e de Décio Sá, jornalista e blogueiro do Estado do Maranhão, em 23 de abril. Valério levou seis tiros ao deixar o trabalho, disparados por um motociclista. Décio Sá levou seis tiros quando jantava em um restaurante de São Luís. Entre os casos de censura, são mencionados os blogs dos jornalistas João Bosco Rabello, diretor da Sucursal de Brasília do Estado, e Ricardo Noblat, de O Globo. Ambos receberam sentenças, depois revogadas, de juízes que atenderam a pedidos de candidatos a prefeito, ou de seus representantes, em função da divulgação de notícias que não lhes interessava. Entre as ameaças, foi incluído o recente episódio com o jornalista André Caramante, da Folha de S. Paulo, que deixou o País para evitar riscos. A fonte de ataques a Caramante é o recém-eleito vereador Paulo Adriano Telhada, que se sentiu ofendido por reportagens sobre suas ligações com a Rota. / G.M.

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