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'Relacionar Fernando ao mensalão é muito injusto'

Professora da USP, mulher de Haddad afirma que propaganda de Serra incomoda e que subida de Russomanno foi surpresa

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Por Vera Rosa
Atualização:

Discreta e sorridente, a dentista Ana Estela sempre está ao lado do candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad. Professora da USP, casada com ele há 24 anos, Estela, como é mais conhecida, divide até compromissos de campanha com o marido. Caloura nas atividades da política, ela tem energia para cruzar a cidade, como fez nos últimos dias, quando distribuiu panfletos na Casa Verde e visitou um hospital em Itaquera, mas se abate com a vinculação do nome de Haddad aos réus do mensalão.A vinculação que José Serra tenta fazer, associando o nome de seu marido aos réus do mensalão, incomoda muito a sra.?É uma coisa profundamente incômoda, desconfortável e muito injusta. O Fernando tem uma história na vida pública, nunca pesou sobre ele nenhuma questão que colocasse em dúvida sua seriedade. Acho que esse tipo de atuação do Serra nivela muito por baixo a campanha. Gostaria muito que a gente estivesse discutindo, como o Fernando tem tentado fazer, o projeto que queremos para nossa cidade. Quando você procura denegrir a imagem de alguém injustamente, em vez de fazer uma discussão sobre a cidade, não está contribuindo para o bem comum.A questão religiosa tem sido muito explorada na disputa. Isso traz votos?Eu acho totalmente inadequado tratar desse assunto na campanha. Religião é uma questão de foro íntimo. O Estado é laico. A mistura de religião e política não combina.A subida de Russomanno surpreendeu ou a certo momento já era esperada?Foi uma surpresa. Antes de começar a campanha, acho que se entendia que uma maior intenção de voto talvez ficasse com o PSDB, uma coisa histórica em São Paulo. O que fica claro é que a população cansou disso.

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