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'Quem sabe o racionamento vai sair do armário', provoca Padilha

Candidato do PT ao governo de São Paulo volta a usar a crise hídrica para atacar Geraldo Alckmin (PSDB), um dia após MPF recomendar medidas de racionamento

Por Carla Araujo e Valmar Hupsel Filho
Atualização:

Mauá -  Em ato de campanha em Mauá, no interior do Estado, o candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha afirmou que o racionamento de água "vai sair do armário", em referência a postura do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que disputa a reeleição, de não determinar medidas para aumentar a economia de água no Estado, que passa pela pior crise hídrica de sua história. "Sexta-feira passada eu estava em Campinas e desde dezembro lá não tem água. Em Guarulhos, desde fevereiro. Existe um racionamento na prática acontecendo, ele só não é assumido, quem sabe o racionamento vai sair do armário. Vai sair do volume morto e aparecer", provocou o petista. A fala de Padilha ocorre um dia depois de o Ministério Público Federal recomendar ao governador Geraldo Alckmin e à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) que apresentem projetos para a imediata implementação do racionamento de água nas regiões atendidas pelo Sistema Cantareira. Segundo o MPF, caso nenhuma medida seja adotada há o risco de um colapso do conjunto de reservatórios que abastece 45% da região metropolitana da capital.O governo de São Paulo e a Sabesp têm 10 dias para informar as providências a serem tomadas em relação à recomendação. O Ministério Público Federal não descarta a adoção de medidas judiciais caso o governo não cumpra a medida. O estabelecimento de multas para os usuários que não economizarem, iniciativa que pode ter impacto negativo para a campanha de Alckmin, tem sido descartado pelo governo estadual. Nesta terça, Padilha aproveitou do tema e afirmou ainda que sua candidatura foi a que mostrou "pela primeira vez a irresponsabilidade do governo do Estado de São Paulo de não ter feito nenhuma das obras que estavam listadas há dez anos e colocar São Paulo numa situação de risco real de falta d´água", disse o petista. Participaram da caminhada em Mauá o coordenador da campanha da presidente Dilma Roussef em São Paulo, Luiz Marinho, o prefeito de Santo André Carlos Grana, de Santo André e o prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT).

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