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PT supera PSDB na base de Aécio Neves

Partido de Dilma perde em cidades grandes, mas acumula em Minas o maior número de eleitorado sob seu comando nos próximos quatro anos

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Por Redação
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O PT perdeu a disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte para Marcio Lacerda (PSB), candidato apoiado pelo senador Aécio Neves (PSDB), e os três duelos em 2.º turno em Minas Gerais, mas ainda assim ficou em primeiro lugar no ranking das cidades com maior população a governar no Estado a partir de 2013.Possível adversário do PT na disputa presidencial de 2014, Aécio afirmou anteontem que o partido da presidente Dilma Rousseff "caminha de forma célere para os grotões".De fato, os petistas vão governar apenas uma cidade mineira com mais de 200 mil eleitores a partir do ano que vem: Uberlândia, no Triângulo Mineiro. No 2.º turno, o partido foi derrotado em Juiz de Fora, Contagem e Montes Claros por adversários do PMDB, PC do B e PRB - todos apoiados pelo senador tucano e pelo governador Antonio Anastasia (PSDB).Mas, em comparação com os petistas, os tucanos tiveram um desempenho ainda mais fraco em Minas. O PSDB vai governar cidades que abrigam cerca de 3 milhões de moradores - 400 mil a menos do que o PT e 80 mil a menos do que o PSB, que inflou seu resultado graças à conquista da capital.Critérios. A maior cidade que os tucanos vão administrar em solo mineiro é Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, com cerca de 400 mil habitantes. A segunda é Divinópolis - que já não faz parte do clube do 2.º turno, que reúne os 83 maiores municípios do País.Em tamanho da população a governar, os municípios do PSDB são cerca de 30% menores que os do PT, em média.O mapa ao lado mostra os partidos que vão governar a maior fatia da população em cada Estado. Além de Minas, o PT ficou em primeiro lugar em São Paulo, no Acre e em Goiás - três Estados em que candidatos do partido venceram na capital. Foi um recuo em relação a 2008. Há quatro anos, quando petistas venceram em seis capitais, o partido ficou em primeiro lugar no ranking da população a governar em sete Estados.Os avanços do PT em São Paulo e Minas, combinados com as derrotas em Estados importantes do Nordeste, acabaram concentrando o peso do partido no Sudeste. Dos eleitores a serem governados por prefeitos petistas, a maioria absoluta (51%) estará no Estado de São Paulo a partir de janeiro.Deslocamentos. Neste ano, os tucanos também ficaram em primeiro lugar em quatro Estados: Amazonas, Pará, Piauí e Alagoas. Nesse caso, vitórias do PSDB nas capitais Manaus, Belém, Teresina e Maceió também explicam a posição no ranking. Em 2008, foram três Estados: Maranhão, Paraná e Piauí.O PMDB, partido que conquistou mais cidades na eleição deste ano (1.025), vai comandar o maior eleitorado de seis Estados. O principal é o Rio de Janeiro. Além da capital, onde a legenda reelegeu o prefeito Eduardo Paes, candidatos peemedebistas venceram em Nova Iguaçu e Volta Redonda, dois municípios que integram o chamado clube do 2.º turno.Os peemedebistas também ficaram à frente no Maranhão, onde a legenda é comandada pela família Sarney, na Paraíba, em Santa Catarina, em Mato Grosso e em Roraima.Salto. Quem mais avançou em relação a 2008 foi o PSB. O partido do governador de Pernambuco, Eduardo Campos - apontado, assim como Aécio, como possível adversário de Dilma em 2014 -, havia conquistado o maior eleitorado de apenas um Estado há quatro anos: Roraima.Agora, o partido fincou bandeira no Nordeste, com a conquista dos maiores contingentes de população em Pernambuco e no Ceará, no Sudeste (Espírito Santo) e no Norte (Rondônia).O DEM, partido que vem encolhendo desde a chegada do PT ao Palácio do Planalto, e cuja crise se agravou com a debandada de filiados para o PSD, ganhou posição de destaque na Bahia, graças à vitória de Antonio Carlos Magalhães Neto em Salvador. Outra vitória do DEM em uma capital nordestina, Aracaju, garantiu ao partido a conquista da maior fatia da população em Sergipe.O PDT, com as vitórias em Porto Alegre e Curitiba, acabou em primeiro lugar no Rio Grande do Sul e no Paraná. / DANIEL BRAMATTI, JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO, AMANDA ROSSI, DIEGO RABATONE e VITOR BAPTISTA

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