PT-SP define tática para Marta enfrentar Kassab

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A cúpula do PT no Estado de São Paulo definiu a tática para o embate entre a candidata à Prefeitura Marta Suplicy (PT) e o prefeito Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição, no segundo turno. Esse cenário é que o partido considera cada vez mais inevitável, apesar de não descartar totalmente o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) como adversário de Marta. "Mesmo em momentos de queda nas pesquisa, sempre achei muito difícil o Kassab ficar fora do segundo turno por conta de ele representar duas máquinas poderosíssimas, que é a Prefeitura, e a de parte do governo do Estado", disse o presidente do Diretório Estadual do PT e prefeito de Araraquara, no centro do Estado, Edinho Silva. De acordo com Silva, a tática da legenda será comparar os quatro anos da gestão da candidata da "Coligação Uma Nova Atitude para São Paulo" (PT-PCdoB-PDT-PTN-PRB-PSB) à Prefeitura, entre 2001 e 2004, com os pouco mais de dois anos do atual prefeito no cargo, candidato da coligação "São Paulo no Rumo Certo" (DEM-PR-PMDB-PRP-PV-PSC). "A tática eleitoral é mostrar e comparar o que a Marta fez com o que o Kassab fez; não tem o que inventar", afirmou. O presidente do Diretório Estadual do PT admite dificuldades na eleição da capital paulista no segundo turno e defende o início imediato do trabalho de comparação, com a vantagem de Marta nas pesquisas. "Apesar da situação favorável e de ter um conforto eleitoral, tem de começar a dialogar com a sociedade já visando o segundo turno", disse. Para um possível segundo turno com Alckmin, ele prega uma ação diferente da sigla, uma vez que o candidato da "Coligação São Paulo, Na Melhor Direção" (PSDB-PTB-PHS-PSL-PSDC) nunca fora prefeito da Capital. "Não dá para dizer que o Alckmin não vá para o segundo turno, pois ainda é possível uma recuperação. A tática com o Alckmin é diferente porque ele representa um outro projeto político que a sociedade consegue identificar, já que foi governador", declarou.

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