PT não trabalha com possível vitória de Marta no 1º turno

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Mesmo com o crescimento da candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, a direção estadual do PT evita a euforia e prefere adotar um tom de cautela, descartando que já trabalha nos bastidores com a hipótese de vitória no primeiro turno. "Não trabalhamos com essa possibilidade. Ainda é muito cedo para qualquer previsão", disse o presidente estadual do partido e prefeito de Araraquara, Edinho Silva. De acordo com as mais recentes pesquisas Ibope e Datafolha, Marta subiu para 41% das intenções de voto dos paulistanos, o que torna a petista líder absoluta na corrida eleitoral da capital paulista. No partido, a avaliação é que não se repita a euforia semelhante à ocorrida no primeiro turno da eleição presidencial de 2006, quando a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a ser dada como certa ainda no primeiro turno. No entanto, a recondução de Lula ao cargo só foi confirmada após a disputa do segundo turno com Geraldo Alckmin (PSDB), hoje adversário de Marta em São Paulo pela coligação "São Paulo, na Melhor Direção" (PSDB-PTB-PHS-PSL-PSDC). Além de conter a euforia, o PT já admite a possibilidade de uma disputa em um eventual segundo turno na capital paulista entre Marta e o atual prefeito e candidato à reeleição pela coligação "São Paulo no Rumo Certo" (DEM-PR-PMDB-PRP-PV-PSC), Gilberto Kassab. "Tínhamos a avaliação de que ele (Kassab) iria crescer, pois tem a máquina pública e o apoio de setores do governo do Estado", disse Silva numa referência à preferência, mesmo que não declarada, do governador José Serra (PSDB) por Kassab ante Alckmin. "O Kassab tenta agora sugar o voto antipetista para crescer", afirmou. Lula na campanha No final de semana, Marta - da coligação "Uma Nova Atitude para São Paulo" (PT-PCdoB-PDT-PTN-PRB-PSB) - e outros candidatos do PT do ABC paulista terão em seus palanques a presença de Lula. Segundo Silva, além dessa região, o presidente deve ir apenas a Campinas durante a campanha eleitoral no Estado de São Paulo. Na cidade, o PT indicou Demétrio Vilagra como candidato a vice-prefeito de Hélio de Oliveira Santos - coligação "Unidos por Campinas" (PDT-PMDB-DEM-PTB-PP-PPS-PR-PCdoB-PT-PSC-PMN-PRP) -, que tenta a reeleição. "Campinas é uma cidade maior que muitas capitais e tem uma grande importância política", disse o presidente estadual do PT. Assim, foram excluídos da agenda de Lula outros municípios onde o partido tem tradição, como Ribeirão Preto, Franca, São Carlos e a própria Araraquara, onde Silva tenta fazer como sucessora a vereadora e presidente da Câmara local, Edna Martins - coligação Frente Popular Araraquara Não Pode Parar (PRP-PV-PT-PSC-PSB-PR). "Além dos problemas de agenda para atender todos, o presidente vai evitar ir a cidades onde a base aliada tem mais de um candidato."

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