PT lança Contarato para governo do Espírito Santo e cria mais um obstáculo para federação com o PSB

PSB é o partido do atual governador, Renato Casagrande, pré-candidato à reeleição

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Por Rubens Anater
Atualização:

O senador Fabiano Contarato anunciou neste sábado, 19, sua pré-candidatura ao governo do Espírito Santo pelo PT. A definição é um novo empecilho para a federação com o PSB, legenda do atual governador capixaba, Renato Casagrande, que é pré-candidato à reeleição.

O lançamento oficial da pré-candidatura de Contarato deve acontecer na segunda-feira, 21, mas o senador, recém filiado ao PT, já comemorou o fato nas redes sociais, com uma foto ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Contarato comemorou sua pré-candidatura ao governo do ES com foto junto ao ex-presidente Lula. Foto: Twitter/@ContaratoSenado/Reprodução

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“Fico imensamente feliz e animado com a decisão do Partido dos Trabalhadores do Espírito Santo em lançar oficialmente meu nome como pré-candidato a governador, conforme o diretório ampliado acaba de anunciar”, disse, em seu Twitter.

O parlamentar, que se destacou por sua atuação na CPI da covid-19, acrescentou: "Estou à inteira disposição do partido e da população capixaba para construirmos um projeto progressista para nosso querido Estado".

Obstáculos O lançamento de Contarato é um novo empecilho à federação entre PT e PSB pois, caso firmem a aliança, os partidos podem ter apenas um candidato ao governo do Estado.

No entanto, esse não é o único obstáculo. O maior desafio para os partidos ainda é a disputa pelo governo de São Paulo. O PT está firme com a candidatura de Fernando Haddad, enquanto o PSB não abre mão de lançar Márcio França para o Palácio dos Bandeirantes.

Mal-estar O anúncio da pré-candidatura de Contarato acontece pouco mais de uma semana depois do encontro do atual governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), com o pré-candidato à presidência pelo Podemos, Sérgio Moro.

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O evento foi criticado por lideranças petistas e causou mal-estar entre o PT e o PSB, que já vinham tendo problemas nas negociações para formar uma federação para o pleito deste ano.

Na ocasião, a presidente do PT, Gleisi Hoffman, disse que o encontro entre Casagrande e Moro deixaria o debate ainda “mais azedo”.