O senador Sérgio Guerra (PE), presidente nacional do PSDB, acusou o PT de fazer em São Bernardo do Campo, terra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "uma campanha milionária". "Esse dinheiro todo mundo sabe que não sai do bolso. O petista que formou um patrimoniozinho, comprou apartamento, trocou de mulher, essas coisas... não bota dinheiro na campanha, (o dinheiro) vem de lugar que não pode aparecer". O candidato petista, ex-ministro do Trabalho e da Previdência Social, Luiz Marinho, declarou ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) que pretende gastar R$ 15 milhões nas eleições. Sua assessoria foi procurada, mas até o momento não respondeu. O ataque pesado de Guerra foi em resposta às constantes participações de Lula na campanha são-bernardense. A cidade é estratégica para presidente e os tucanos formaram na manhã desta sexta-feira uma espécie de frente nacional anti-PT para tentar reverter a tendência no município, onde o petista teve 48% dos votos válidos no primeiro turno contra 37% do tucano Orlando Morando. Guerra participou de um ato na cidade de Lula em favor de Morando ao lado dos deputados federais Paulo Renato Souza (ex-ministro da Educação), Duarte Nogueira, Antônio Carlos Pannunzio, William Woo e Antônio Carlos Mendes Thame (presidente estadual do PSDB), de todos os vereadores reeleitos em São Bernardo e em várias outras cidades da região. De todos os oradores, o senador Guerra foi quem pegou mais pesado contra o presidente: "Lula quis passar a impressão de que ele é o dono do povo, mas ficou claro que ele não é o dono do povo. Onde ele foi, no Nordeste, em mais de 80% ele perdeu. E esse negócio de pé frio pega". Falou ainda : "Eles usam dinheiro, corrupção, a polícia, todas as polícias contra a oposição, o PSDB. O PT tem horror a democracia". Resposta O candidato Luiz Marinho disse que vai processar o senador. Ouvido pelo Estado, Marinho disse: "É lamentável um presidente de partido cometer tamanha asneira. Vou indagá-lo na Justiça e se ele sustentar isso vamos processá-lo. Ele vai ter que provar de onde vem o dinheiro". Marinho classificou de corajosa sua decisão de apresentar uma previsão de gastos de R$ 15 milhões. Texto atualizado no dia 20 de outubro, às 14h10