PSDB nega punição a Clóvis Carvalho antes das eleições

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Por AE
Atualização:

Não vai sair do papel a ameaça do diretório paulistano do PSDB de expulsar do partido o secretário municipal de Governo, Clóvis Carvalho, pelas críticas ao candidato Geraldo Alckmin. O presidente do Conselho Nacional de Ética e Disciplina do PSDB, deputado Affonso Camargo (PR), diz que não há mais tempo para processar e expulsar ninguém antes das eleições. "Como houve muita demora para encaminhar qualquer coisa, não há mais tempo para punir ninguém antes das eleições. Se houver qualquer coisa, ficará para depois", resumiu Camargo. Ele explicou ainda que o colegiado só age quando solicitado, a partir do Diretório Municipal, que passa a demanda à instância estadual, que aciona a Direção Nacional. Uma vez passado o pleito, contudo, a avaliação geral é de que o episódio cairá no esquecimento, qualquer que seja o resultado das urnas. Gritaria à parte, reza a tradição tucana que a degola está fora do cardápio das punições. Caso emblemático é o do prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão (PSDB), citado na Operação Santa Tereza da Polícia Federal, que investiga desvio de recursos do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), lavagem de dinheiro e até tráfico internacional de mulheres. Um de seus secretários foi preso, mas bastou a Direção Nacional falar em desfiliação durante o processo para que ele fincasse pé no partido. Mourão deixou o cargo que tinha no Diretório Estadual por iniciativa própria e nem sequer foi aberto processo contra ele. As investigações da PF continuam, mas, passados quatro meses, o próprio PSDB fala em devolver-lhe o posto na Direção Estadual, com base no resultado de auditoria interna do BNDES segundo a qual não houve irregularidade nas operações com Praia Grande. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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