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PSB estuda ficar independente nas eleições 2018 e vetar apoios de candidatos nos Estados

As três hipóteses são apoiar Ciro Gomes, apoiar o PT ou não apoiar nenhum dos dois e indicar o rumo com um documento político

Por Renan Truffi
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente do PSB, Carlos Siqueira, disse nesta terça-feira, 31, que caso o partido opte por ficar independente no primeiro turno das eleições 2018, a Executiva da legenda irá vetar que os candidatos nos Estados apoiem determinados nomes, como, por exemplo, Jair Bolsonaro (PSL).

Carlos Siqueira afirmou que a ideia é construir um consenso até a data da convenção do partido, marcada para 5 de agosto. Foto: Estadão

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"Eu sempre aposto na possibilidade de um certo consenso, não unanimidade, mas um certo consenso em torno de uma das três hipóteses. As três hipóteses são apoiar Ciro Gomes, apoiar o PT ou não apoiar nenhum dos dois e indicar o rumo, com um documento político. Não pode apoiar Bolsonaro, por exemplo. Quem fizer isso, deve ficar como dissidente, não como orientação partidária", afirmou após participar de reunião, em Brasília, com dirigentes de PT, PCdoB e PDT.

"Se isso acontecer (do PSB ficar independente), não vai ter neutralidade. Se houver esse caso, vamos limitar (os apoios nos estados) dentro do que o Congresso do PSB já decidiu. Ou o partido terá candidato próprio, ou o partido vai apoiar um candidato próprio ou não apoiará nenhum deles, mas terá uma posição política clara para orientação dos dirigentes", afirmou Siqueira. "Se o cara quiser apoiar Bolsonaro estará vetado completamente."

O presidente do PSB disse também que a ideia é construir um consenso até a data da convenção, marcada para 5 de agosto, para evitar que o partido defina sua posição final em uma votação da Executiva. Além disso, ele contou que o ex-prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, já se colocou à disposição para ser vice em qualquer uma das chapas, seja Ciro Gomes ou candidato do PT, que deve lançar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apesar de estar condenado e preso no âmbito da Operação Lava Jato.

"O esforço é esse (evitar que vá para voto). Ou se for para voto, que haja um certo consenso para que o voto seja uma coisa mais simbólica, digamos assim. Mas acho difícil (que o PSB defina sua posição em votação). Acho mais provável ter um consenso sobre um desses três caminhos", explicou antes de falar do vice. "Luciano Ducci se dispõe ( a ser vice) se for o caso de apoiarmos um dos candidatos."

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